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sábado, 2 de julho de 2011

Espaço Celebrativo e Novas Mudanças V

Quando de se fala de espaço litúrgico celebrativo ganha também relevância na arquitetura da igreja o átrio (Atrium) ou Adro de entrada. Compõe também este espaço a porta e a pia de água benta.
O átrio dá ideia de passagem, de limiar entre o conhecido e o desconhecido, entre a luz e as trevas. Dar-se a transição do kronos – do tempo marcado, limitado, que a tudo devora, desintegra – para o Kairós que é o tempo da graça, que tudo restaura e integra. Entro no espaço sagrado que é o espaço onde Deus está presente. O espaço sagrado é o espaço que fora consagrado a Deus, foi subtraído do mundo, não pertence ao mundo, mais só a Deus. O mundo não tem poder sobre este espaço. O átrio nos ajuda a fazer esta passagem. Adentrando, assim, para o Mistério de Deus a ser celebrado e vivido como o abraço do eterno. É o lugar que prepara para o Mistério e convida para entrar. É simbolicamente o umbral entre o caos e a ordem. Aí se desenvolve o ministério da acolhida.
O átrio é o espaço terrível não pela conotação de medo, mas por ser fundamental para a funcionalidade dos demais. O espaço deve ser vazio. Espaço para as pessoas reunirem-se, a seu modo, antes e depois da celebração. Espaço para a festa do encontro. Para o silêncio profundo da preparação, do sinal-da-cruz, da água benta, ou seja, do lavar-se para entrar no espaço de Deus por quem fomos convidados para celebrar o seu magnífico Mistério.
O átrio possui iluminação discreta na base das paredes, uma pia de água benta com foco de iluminação sobre ela. Aí não é o lugar de leitura nem de avisos, é lugar de fazer silêncio, abluções e simbolicamente tirar as sandálias. Como fez Moisés na sua experiência com o Senhor na sarça ardente. O Senhor diz a Moisés, para tirar as sandálias dos pés porque este lugar onde estás é chão sagrado (cf Ex 3, 1-6).
Uma porta muito alta e estreita, sugerindo a entrada difícil para acessar o Reino (Mt 7, 13-14), separa o átrio do espaço celebrativo. A porta é Cristo e não qualquer porta. “Jesus disse então: ‘Em verdade, em verdade, vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Quem entrar por mim será salvo; poderá entrar e sair, e encontrará pastagem’” (Jo 10 7.9). É preciso que a porta principal de entrada receba um tratamento diferenciado das demais. Seja maior, que os puxadores sejam mais nobres e, se possível, tenham algum símbolo (por exemplo, o alfa e o ômega). A própria porta poderia trazer algum desenho. Muitas portas principais, no passado, já chegaram a ter toda uma catequese.

A pia de água benta nesse lugar devia ser a própria fonte batismal. É desde longa tradição o lugar do catecumenato, do preparar-se para fazer parte do Corpo Místico de Cristo. Do lavar-se, banhar-se após longa peregrinação. É pena que ao longo do tempo, a pia de água benta, tenha se transformado numa pequena cumbuca ou vidro de ponta cabeça para molhar os dedos. De qualquer maneira, aí deve haver uma boa pia para que se faça o sinal-da-cruz em preparação ao Mistério de que se vai participar.

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