Bem vindo ao nosso Blog!

Durante mais de um ano, estivemos presente no seu dia a dia postando aqui as matérias do informativo impresso.

A partir de 2012, não seguiremos com o blog devido a mudanças na equipe e outros fatores.

Mas você ainda pode relembrar as excelentes matérias já publicadas aqui.

A equipe do Informativo agradece a você que tem nos acompanhado por aqui. Que Nossa Senhora de Fátima abençoe sempre seu caminho.


ESPAÇO TEOLÓGICO

Matéria publicada na edição de fevereiro/2011.
Os Dogmas de fé da Igreja Católica Apostólica Romana – 2ª parte
Pela nossa Igreja, o dogma é uma verdade que está contida, implicita ou explicitamente, na imutável Revelação divina ou que tem com ela uma "conexão necessária". Falaremos nesta e nas próximas edições em detalhes.
I. A Unidade e a Trindade de Deus
 1. Deus, nosso Criador e Senhor pode ser conhecido, com absoluta certeza, pela luz natural da razão das coisas criadas.
2. A existência de Deus não é meramente um objeto de conhecimento racional, mas também um objeto da fé sobrenatural.
3. A Natureza de Deus é incompreensível para os homens.
4. Os bem-aventurados no Céu possuem um conhecimento intuitivo imediato da Essência Divina.
5. A visão imediata de Deus transcende a força natural da percepção da alma humana, e é, portanto, sobrenatural.
6. A alma requer a luz da glória para a visão imediata de Deus.
7. A Essência de Deus é igualmente incompreensível para o bem-aventurado no Céu.
8. Os atributos divinos são realmente idênticos entre si e com a Divina Essência.
9. Deus é absolutamente perfeito.
10. Deus é verdadeiramente infinito em toda a perfeição.
11. Deus é absolutamente simples.
12. Há somente um Deus.
13. O Deus único é, no sentido ontológico, o verdadeiro Deus.
14. Deus possui um poder infinito de percepção.
15. Deus é verdade absoluta.
16. Deus é absolutamente fiel.
17. Deus é absoluta bondade ontológica Nele mesmo e em relação aos outros.
18. Deus é absoluta bondade moral ou santidade.
19. Deus é absoluta benignidade.
20. Deus é absolutamente imutável.
21. Deus é eterno.
22. Deus é imenso ou absolutamente imensurável.
23. Deus está presente em todo o lugar no espaço criado.
24. O conhecimento de Deus é infinito.
25. O conhecimento de Deus é pura e simplesmente atual e verdadeiro.
26. O conhecimento de Deus é subsistente.
27. Deus conhece tudo que é meramente possível pelo conhecimento da inteligência simples.
28. Deus conhece todas as coisas reais do passado, presente e futuro.
29. Pelo conhecimento da visão, Deus também prevê as futuras ações livres das criaturas racionais com a certeza infalível.
30. A Vontade Divina de Deus é infinita.
31. Deus Se ama pela necessidade, mas ama e deseja a criação de coisas extra-divinas, por sua vez, com liberdade.
32. Deus é Todo-Poderoso.
33. Deus é o Senhor dos céus e da terra.
34. Deus é infinitamente justo.
35. Deus é infinitamente misericordioso.
36. Em Deus há três Pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Cada uma das três Pessoas possui uma Divina Essência (numérica).
37. Em Deus há duas procissões divinas internas.
38. As Pessoas Divinas, não a Divina Natureza, são os sujeitos das procissões divinas internas (no sentido ativo e passivo).
39. A Segunda Pessoa Divina procede da Primeira Pessoa Divina pela geração, portanto é relacionada a Ele como Filho para o Pai.
40. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho como de um único princípio através de uma única inspiração.
41. O Espírito Santo não procede através da geração, mas através da inspiração.
42. As relações em Deus são realmente idênticas com a Natureza Divina.
43. As Três Pessoas Divinas estão um em outro.
44. Todas as atividades “ad extra” de Deus são comuns para as Três Pessoas. 


Matéria publicada na edição de janeiro/2011.
Os Dogmas de fé da Igreja Católica Apostólica Romana – 1ª parte
O termo "dogma" provém da língua grega, "dogma", que significa "opinião" e "decisão". No Novo Testamento, é empregado no sentido de decisão comum sobre uma questão, tomada pelos apóstolos (cf. At 15,28). Os Padres da Igreja, antigos escritores eclesiásticos, usavam a palavra dogma para designar o conjunto dos ensinamentos e das normas de Jesus e também uma decisão da Igreja.
Pouco a pouco, a Igreja, com o auxílio dos teólogos e pensadores cristãos, precisou e esclareceu o sentido de dogma. Na linguagem atual do Magistério e da Teologia, o "dogma" é uma doutrina na qual a Igreja: quer com um juízo solene, quer mediante o magistério ordinário e universal, propõe de maneira definitiva. É uma verdade revelada, de uma forma que obriga o povo cristão a crer nele, em sua totalidade, de modo que sua negação é repelida como heresia e estigmatizada com anátema. (Marcelo Semeraro, professor de Teologia).
Definidos pelo magistério da Igreja de maneira clara e definitiva, os dogmas são verdades de fé, contidas na Bíblia e na Tradição. Não se tratam de invenções novas, ou coisa apenas dos homens.
Na Igreja os dogmas são importantes, porque ajudam os cristãos a se manterem fiéis na fé genuína do cristianismo. "Os dogmas são como placas que indicam o caminho de nossa fé. Foram criados para ajudar a gente a se manter no rumo do Santuário vivo, que é Jesus" (CNBB. Com Maria, Rumo ao Novo Milênio. pág. 81).
Muitos protestantes combatem os Dogmas da Igreja católica, entretanto não percebem que os dogmas são fundamentos doutrinários que não permitem divergências, e levam a unidade da Igreja.
Para que o ensinamento divino contido nas Sagradas Escrituras seja um dogma são necessárias duas condições:
1) O sentido deve estar suficientemente manifestado.
2) Esta doutrina deve ser proposta pela Igreja como revelada. Quando o texto das Escrituras estiver definido pela Igreja como contendo um dogma revelado, com sentido preciso e determinado, é um dever estrito para os católicos aceitá-lo.
"O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão." (Mt, 24, 35) "Mas, ainda que alguém - nós ou um anjo baixado do céu - vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado que ele seja anátema". (Epístola de São Paulo aos Gálatas, 1,8)

D. 39.1 Definição dos dogmas pela autoridade pela Igreja
§88 O Magistério da Igreja empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando, utilizando uma forma que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé, propõe verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com estas têm uma conexão necessária.

D. 39.3 Dogmas de fé
§89 Há uma conexão orgânica entre nossa vida espiritual e os dogmas. Os dogmas são luzes no caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro. Na verdade, se nossa vida for reta, nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé.

§90 Os laços mútuos e a coerência dos dogmas podem ser encontrados no conjunto da Revelação do Mistério de Cristo. "Existe uma ordem ou 'hierarquia' das verdades da doutrina católica, já que o nexo delas com o fundamento da fé cristã são diferentes."                                                                                              (fonte: internet).


Matéria publicada na edição de dezembro/2010.
A Teologia cristã pode ser definida como as verdades fundamentais da Bíblia e de outras fontes reconhecidas como divinamente inspiradas apresentadas de forma sistemática; ou ainda, a filosofia que trata do nosso conhecimento de Deus e do relacionamento do Deus Altíssimo com o homem, compreendendo assim tudo quanto se relaciona a Deus, a Bíblia e os propósitos divinos.
Encontra-se expressa, basicamente, em quatro grandes seções: teologia sistemática, teologia bíblica/teologia exegética, teologia prática e teologia histórica.
A teologia também pode ser utilizada para atestar a veracidade do cristianismo, fazer comparações entre ela e outras tradições ou religiões, defender de críticos, corroborar qualquer reforma cristã, propagar o cristianismo, ou uma variedade de outras razões.

Perspectiva católica

A Igreja Católica defende o uso da teologia enquanto ciência ou estudo racional, mas assente sempre na obediência à fé, que estuda sistematicamente e com método a Revelação divina na sua totalidade. As conclusões da Teologia faz evoluir a compreensão e definição da doutrina católica.
Os métodos usados, os tópicos estudados e as suas disciplinas são semelhantes às outras teologias das principais confissões cristãs, algo que tem muito a ver com a sua base comum. Mas a sua interpretação das verdades reveladas e posterior definição das doutrinas apresentam diferenças em relação às suas congéneres cristãs, nomeadamente na questão da veneração dos santos e da Virgem Maria, da justificação, da infalibilidade e primazia do Papa, da noção de verdadeira Igreja de Cristo, da composição dos cânones da Bíblia e da validade da Tradição oral.

Divisões da teologia cristã

De um modo resumido e geral, o relacionamento entre as disciplinas teológicas dá-se da seguinte maneira:
  • A teologia exegética, usando a técnica da exegese, analisa profundamente a Bíblia;
  • A teologia bíblica usa e organiza os resultados da teologia exegética e estuda também a evolução e o desenrolar da Revelação progressiva de Deus à humanidade, passando obviamente pelo Antigo Testamento e Novo Testamento.
  • Com o encontro e o conhecimento das verdades reveladas na Bíblia e, no caso católico, em outras fontes válidas da Tradição, toda essa verdade bíblica é estudada, refletida, debatida, explicada e posteriormente reunida num grande sistema explicativo unificado. Esse trabalho é reservado à teologia sistemática.
  • As verdades, os princípios e os dogmas explicados e estudados pela teologia sistemática iriam ser depois defendidos pela Apologética perante a sociedade, as heresias, os ateus e as outras religiões.
  • Depois do estudo puramente teórico, a teologia prática pretende aplicar as conclusões teológicas ao quotidiano e também estudar o modo como a Igreja comunica a sua fé e as suas verdades, bem como as variadas ações de santificação ou de outra natureza da Igreja no mundo;
  • Finalmente, a evolução da teologia ao longo dos tempos e a História do Cristianismo são estudadas pela teologia histórica, que dá especial destaque à recepção e compreensão das verdades reveladas e à evolução na formulação da doutrina ao longo da História.