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sábado, 3 de setembro de 2011

Espaço Celebrativo e Novas Mudanças VI

Matéria publicada no espaço FORMAÇÃO da edição de setembro/2011.


ESPAÇO CELEBRATIVO E NOVAS MUDANÇAS VI

Adentrando, um pouco mais nas esferas do espaço celebrativo, nosso olhar se volta para o Batistério e a Capela do Santíssimo.
O Batistério é o lugar do novo nascimento, porta de entrada para fazer parte do Corpo Místico de Cristo.
As primeiras comunidades cristãs usavam a água corrente de rios, lagos, praias do mar, fontes ou termas privadas para o batismo, como sinal da morte e do renascimento, do morrer simbólico e do início de uma vida nova, seja por imitação do batismo de Jesus no Jordão ou porque não dispunham de local próprio.
É muito mais tarde, lá pelo século VI, que um lugar para o batismo passa a ser previsto nas igrejas. Durante muito tempo, conhecemos o lugar do batismo localizado na entrada, numa capela lateral. É verdade que o local do batismo na entrada da igreja possui grande simbolismo, pois o batismo é a porta de entrada para fazer parte da assembléia dos cristãos.
Mas os documentos do Concílio Vaticano II chamam a atenção mais para a funcionalidade do Batistério do que para o simbolismo. E orientam a sua localização na frente da assembléia, facilitando a participação desta e cumprindo também uma função pedagógica, lembrando constantemente os compromissos assumidos pelo cristão a partir do seu batismo.
É bom que se pense numa pia batismal de tamanho suficiente para que o batismo aconteça por imersão, assim como por efusão. Hoje, cada vez mais, como os primeiros batistérios surgidos por volta do século VI, é preciso que se pense na imersão de adultos e crianças.
No batistério deve estar um pequeno e belo altar para os santos óleos com uma lamparina que se acenda ao menos durante as cerimônias e um belo castiçal para o círio pascal, de preferência do mesmo material do altar. O círio pascal pode estar no meio da pia, sobre a fonte a jorrar ou simplesmente pouco submerso como sugere o mistério do batismo. O círio pascal, símbolo do próprio Cristo, é o fogo novo, a nova luz, início da nova criação. Ele deve ser de cera, grande, acima de 1m de altura, diâmetro em torno de 0,10 cm. O adorno simples deve ser estritamente pascal. Recebe as “cinco chagas” em torno de uma cruz e o número de ano que se está a celebrar na forma de Z, ou seja, Zoé, vida em grego.

A capela do Santíssimo é o lugar das reservas eucarísticas e o espaço de adoração e oração pessoal. Eventualmente, pode servir de cripta para missas com menor número de fieis. Melhor não ter altar aí para celebração. Caso não possa haver capela do Santíssimo, é possível colocar um tabernáculo junto ao santuário, no lado oposto do ambão. Assim ficam bem visíveis os dois aspectos do Cristo: Palavra e Palavra Encarnada.
Historicamente falando, até os séculos XII e XIII, as hóstias consagradas eram conservadas na sacristia e serviam para a comunhão dos enfermos. A partir daí, o pão eucarístico adquire maior importância e passa a ser colocado num nicho na parede e fechado com uma portinha decorada. Foi assim que começou o sacrário que conhecemos hoje.
Depois do Concílio de Trento, as igrejas passam a ter uma capela do Santíssimo, onde se desenvolve o culto da adoração eucarística e a distribuição da comunhão. A partir do século XVI, a reserva eucarística ocupa um altar, logo passa a ocupar o altar-mor, e torna-se o lugar mais importante da igreja.
Hoje, a peça principal da igreja é o altar, a Mesa da Eucaristia, onde o pão é consagrado e repartido. A reserva eucarística deve ficar fora do presbitério, numa capela própria para oração individual e comunitária. Se for colocada no presbitério, nunca deve estar sobre um altar. Pode ficar na parede dos fundos ou deslocada lateralmente, como sacrário embutido na parede ou sobre uma coluna.
É muito mais forte o simbolismo do pão distribuído sobre o altar do que o pão acumulado e guardado no sacrário. Por isso não se deve dar ao sacrário maior destaque que à Mesa da Eucaristia.
O tabernáculo deve ser belo e simples, sólido e fixo no lugar. Deve ter fechadura e não deve ser transparente. Sua forma, estilo e material devem considerar as demais peças e formar com elas um conjunto. A chave do tabernáculo deve estar sempre guardada na sacristia.  Os adornos (desenhos, pinturas, ícones) devem remontar às suas razões de existir.
A lâmpada do Santíssimo é continuidade do fogo novo da Páscoa. É acesa na noite de Páscoa, no círio pascal e, simbolicamente, é apagada na desnudação do altar, na Quinata-Feira Santa. Deve ser material vivo, óleo, cera, parafina...
A lâmpada elétrica é permitida pelo direito canônico quando o local corre risco de incêndio, mas tornou-se regra pelo descaso, falta de vida e de oração.

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