Estamos chegando ao final de mais um ano de trabalho na catequese, e, em muitas de nossas comunidades celebramos a Primeira Eucaristia e Crisma de nossas crianças, adolescentes e adultos. É um momento único, pois é hora de dizer “sim” ao convite de Jesus, para que, alimentados pelo Sacramento de seu Corpo e de seu Sangue, possam lançar-se sem medo ao serviço do povo de Deus.
Entre muitos preparativos para este momento, devemos dar grande importância para as reuniões com os pais de nossos catequizandos. Percebemos que durante o ano, nem todos os pais são assíduos nas reuniões que são marcadas pelos nossos catequistas, não acompanham o desenvolvimento da criança e do adolescente e, ás vezes, para nosso espanto, não sabem nem o nome dos catequistas de seus filhos.
A catequese não pode ser tratada com indiferença na agenda tão cheia de compromissos das crianças. É futebol, natação, inglês, etc. seria bom que a catequese também fosse respeitada nessa agenda.
Sabemos que nós, pais, somos os primeiros catequistas de nossos filhos, portanto, os primeiros incentivos seriam dados em casa. É claro que não podemos generalizar, pois existem famílias que são presentes e nos ajudam, e muito, na educação da fé de seus filhos. Percebemos que quando chega a ocasião das celebrações da 1ª Eucaristia e da Crisma, há uma maior participação dos pais nas reuniões, pois todos querem saber detalhes desse dia tão importante na vida de seus filhos.
A importância da reunião de pais durante todo o ano da catequese, ajuda bastante os pais se conscientizarem como é imprescindível a presença deles na comunidade, ao invés de reduzir esses momentos apenas ao flash das máquinas fotográficas e à agitação. A contribuição dos pais como participantes ativos na comunidade, poderia contribuir bastante para uma maior dinamicidade na catequese.
Pais e catequistas! Não exijam de seus filhos e catequizandos aquilo que vocês próprios não são capazes de cumprir ou fazer.
Pais! Não mandem seus filhos à catequese para se verem livres deles, ou para desencargo de consciência ou simplesmente para cumprir uma tradição familiar.
Pais e catequistas! Procurem viver de acordo com o evangelho, pois sabemos que o testemunho de vida é a primeira forma de evangelização.
Do ponto de vista catequético: apesar da já citada dificuldade em iniciar um programa de incentivo à participação dos pais, também beneficiam pelo fato dos catequistas melhorarem a sua participação e postura, mas igualmente, porque os pais podem colaborar em muitas atividades, ajudando o catequista a concentrar melhor na preparação e implementação de tarefas educativas própria de seu papel. Neste sentido os pais deixam de ser vistos como pessoas distantes (por vezes conflituoso) e tornam-se colaboradores úteis, e, mais tarde, verdadeiros parceiros da evangelização e portanto se beneficiam com os resultados obtidos com os filhos.
Dez coisas que devemos saber para não tornar a catequese, encontros sem objetivos e sem o grande propósito, que é a evangelização;
1) Ninguém é obrigado a inscrever o filho na catequese;
2) O catequista é uma pessoa normal, que tem família, trabalho, atividades pessoais, problemas e alegrias;
3) Se quiserem participar de palestras, reuniões, etc, venham com vontade e não fiquem olhando o relógio toda hora;
4) A catequese não é depósito de crianças e jovens, mas um lugar de aprofundamento de nossa fé;
5) Se você acha que o tempo de duração da catequese é longo, não inscreva seu filho, você tem o livre arbítrio;
6) Sejam verdadeiros, não mintam e não ajudem seus filhos a inventarem desculpas para faltar à catequese;
7) Se vocês são espíritas, sejam bons espíritas, mas não queiram ser católicos. Uma coisa é bem diferente da outra;
8) Não falem mal da Igreja que os acolhe;
9) Procurem refletir sobre o significado das celebrações para a vida de seu filho;
10) Tratem a catequese da mesma forma que vocês tratam a escola, o futebol, as festas. Não precisam abrir mão de tudo, basta dar a importância.
Estamos nos preparando para a grande festa do Natal. É o tempo do advento. Momento este de voltarmos para dentro de nós, refletirmos, abrirmos nossos corações, de olharmos mais para o nosso próximo, levando solidariedade para os que precisam, buscando e lutando por justiça, fraternidade. Que a luz do Menino Deus se derrame sobre nós e abra um caminho de paz e fraternidade.
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