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sábado, 17 de dezembro de 2011

ARS CELEBRANDI – A Arte de Celebrar Bem


Matéria publicada em dezembro/2011

Somos por natureza celebrativos. Gostamos de tornar célebres momentos significativos de nossas vidas. O bem celebrar exige preparo, dedicação, empenho e muito amor. Há uma necessidade de compreender, cada vez mais, o que se celebra. Percorrer passo a passo, cada ação requer aprendizado, atenção e vivência. Para que se obtenha esta plena eficácia, é mister que os fiéis se acerquem da Sagrada Liturgia com disposições de reta intenção, sintonizem a sua alma com palavras e cooperem com a graça do alto, a fim de que não a recebam em vão. Por isso, é dever dos sagrados pastores vigiar que, na ação litúrgica, não só se observem as leis para a válida e lícita celebração, mas que os fieis participem dela com conhecimento de causa, ativa e frutuosamente (SC, n. 11).
O conhecimento que se refere o documento conciliar sobre a Sagrada Liturgia, não é mera intelecção da fé ou dos ritos que celebramos, mas é, antes de tudo, acolher com o coração e vivenciar o Mistério com todo o nosso ser. Pois a Celebração Eucarística é obra do Cristo inteiro, Cabeça e Corpo. A liturgia tem como sujeito próprio o Cristo ressuscitado e glorificado no Espírito Santo, que inclui a Igreja na sua ação. Deste protagonismo de Cristo na Liturgia nasce a arte da celebração.
 A arte da celebração leva a pôr em evidência o valor das normas litúrgicas. Deve favorecer o sentido do sagrado e a utilização correta das formas exteriores que educam para tal sentido, como a harmonia do rito, das vestes litúrgicas, da decoração e do lugar sagrado.
A celebração Eucarística é frutuosa quando os sacerdotes e os responsáveis da pastoral litúrgica se esforçam por dar a conhecer os livros litúrgicos em vigor e as respectivas normas, pondo em destaque as riquezas estupendas da Instrução Geral do Missal Romano (IGMR) e da Instrução das Leituras da Missa. Talvez se dê por adquirido, nas comunidades eclesiais, o seu conhecimento e devido apreço, mas frequentemente não é assim; na realidade, trata-se de textos onde estão contidas riquezas que guardam e exprimem a fé e o caminho do povo de Deus ao longo dos dois milênios da sua história.
Igualmente importante para uma correta arte da celebração é a atenção a todas as formas de linguagem previstas pela Liturgia: palavra e canto, gestos e silêncios, movimentos do corpo, cores litúrgicas dos paramentos. Com efeito, a Liturgia, por sua natureza, possui tal variedade de níveis de comunicação que lhe permitem cativar o ser humano na sua totalidade. A simplicidade dos gestos e a sobriedade dos sinais, situados na ordem e nos momentos previstos, comunicam e cativam mais do que ao artificialismo de adições inoportunas. A atenção e a obediência à estrutura do rito, ao mesmo tempo em que exprimem a consciência do caráter de dom da Eucaristia, manifestam a vontade que o ministro tem de acolher, com dócil gratidão, esse dom inefável.
Por tanto, as palavras e os ritos, como expressão significativa dos mistérios celebrados constituem um aspecto da Sagrada Liturgia: sua linguagem, a comunicação com o sagrado, com o divino, com o próprio Deus. Toda a Expressão significativa da Liturgia é expressão orante de Cristo e da Igreja.
Para que haja uma participação ativa, consciente e frutuosa da Sagrada Liturgia como nos propõe o Concílio Vaticano II (cf. SC n. 14), é necessário que os fieis tomem conhecimento do que estão celebrando. Por essa razão, iremos paulatinamente aprofundando o sentido do Mistério de Cristo, celebrado na Eucaristia.

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