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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Paramentos Litúrgicos

Matéria publicada nas edições de janeiro e fevereiro/2011


A Igreja Católica é universal e cada povo tem o direito de se exprimir sua cultura.  A Igreja não deseja impor na Liturgia uma forma rígida e única, mas se os costumes de tal povo não consistirem em erros, ela examina e permanece intacto e até admite desde que esteja de acordo com as normas do verdadeiro e autêntico espírito litúrgico. O Papa João Paulo II presidia celebrações que utilizavam a simbologia dos povos não europeus, todavia dentro dos parâmetros da reverência indispensáveis à Sagrada Liturgia.
                Quaisquer que sejam os gestos e sinais aplicados à liturgia deverão sempre contribuir para que levem os fiéis a Deus numa atitude de oração e adoração. Caso este objetivo não seja atingido, mas ao contrário, provoque perplexidade entre os fiéis, os símbolos não podem se considerados autênticos. O que se deve fazer é avaliar e ponderar tentativas de adotar elementos culturais novos para enriquecer eficazmente e sadiamente o ritual católico. (citações do Concílio Vaticano II).
                Como já mostramos várias vezes que a catequese é um permanente da fé, a tarefa do catequista é de cultivar este dom, alimentá-lo e ajudar o cristão a crescer nesta experiência de vida com Jesus Cristo. É tarefa dos catequistas introduzirem no significado e participação ativa, interna e externa, consciente, plena e frutuosa dos mistérios (sacramentos), celebrações, sinais, símbolos, ritos, orações e outras formas litúrgicas. A liturgia por si só possui uma dimensão catequética e a catequese deve ser realizada em harmonia com o ano litúrgico. (vimos sobre o ano litúrgico na edição de novembro/2009). As palavras do Papa João Paulo II ajudam-nos a compreender o papel da Sagrada Liturgia: “Somos por natureza apegados aos sentidos. Diante de uma realidade sobrenatural como é a Santa Missa, a liturgia vem  em nosso socorro, para que através de símbolos e gestos concretos, alcancemos o entendimento daquilo que pela fé cremos. Não que se exija que o mistério seja compreendido plenamente, mas sim para crer e que seja explicado e iluminado pela Sagrada Liturgia, e que possamos dirigir a Deus o culto de adoração que lhe é devido, de modo que a nossa oração seja um espelho fiel de nossa fé”.
Um símbolo litúrgico será necessariamente simples, pois a realidade que ele nos faz penetrar é também simples, como o Criador de todos os mistérios. Não devemos menosprezar os gestos, as palavras, as vestes, o sagrado rito por sua simplicidade, para não corrermos o risco de desprezar o mistério que esses símbolos representam. Nós fiéis devemos zelar para que a Santa Missa seja sempre honrada e respeitada em todos os parâmetros.
Objetos litúrgicos, também chamados “alfaias” são aqueles que servem ao culto divino e ao uso sagrado, razão pelo qual não podem ser manuseados com displicência ou de maneira desrespeitosa. São objetos feitos de materiais nobres, ornados de tal forma que invoquem a riqueza dos mistérios que eles servem.
Veremos alguns logo abaixo:
A Encíclica Sacrosanctum Concilium assim descreve a importância da dignidade dos objetos utilizados na liturgia: “A Igreja preocupou-se com muita solicitude em que as alfaias Sagradas contribuíssem para a dignidade e beleza do culto”. Dessa forma não cumpre o papel a que se propõem, objetos que não exaltem essa dignidade, tais como: cálices comuns ou patenas improvisadas, feitas de materiais desprovidos de valor.



Vamos conhecer mais alguns paramentos litúrgicos:
VESTES
Alva = é uma túnica branca amarrada na cintura por um cordão grosso chamado CINGULO.
Amito = é uma peça que o Sacerdote põe sobre os ombros ao se vestir com os paramentos para a celebração. É posto antes da Alva.
Casula = trata-se de um manto que se veste sobre a alva e a estola.
Estola = é a peça colorida que o padre coloca sobre os ombros caindo sobre o pescoço formando duas faixas paralelas em cima da Alva. Significa a dignidade do sacerdote.
Véu Umeral = manto ricamente ornado, usado pelo sacerdote na benção do Santíssimo Sacramento.

CORES
Como estamos começando um novo ano litúrgico é bom relembrarmos as cores que variam de acordo com tempo litúrgico ou a solenidade que se celebra. Elas aparecem nas vestes, na toalha do altar e do ambão. Eventualmente em cortinas atrás do altar.
BRANCO: paz, vitória, ressurreição, pureza e alegria. É usada na Quinta-feira Santa, Vigília Pascal, Natal, festas de Santos (não mártires).
VERMELHO: amor, sangue, martírio e fogo. Usada no Domingo de Ramos, Sexta-Feira Santa, Pentecostes, festas dos Apóstolos, dos mártires e evangelistas.
VERDE: tempo comum.
ROXO: penitência. Usada na Quaresma e no Advento.
ROSA: Alegria. Usada no 4º Domingo da Quaresma e no 3º Domingo do Advento.

Outros símbolos são usados fartamente nos parâmetros litúrgicos, em portas de sacrário e nas partículas como:
IHS = Jesus Salvador dos Homens
XP = são as duas primeiras letras da palavra Cristo em grego.
Alfa e Ômega = A primeira e a última letra do alfabeto grego. Jesus é o princípio e o fim de todas as coisas.
Cordeiro de Deus = Jesus Cristo. Nas palavras de São João Batista: “Ecce agnus dei” (Eis o Cordeiro de Deus).

O TEMPLO
O Papa João Paulo II lembra-nos que “a arte sacra deve caracterizar-se pela sua capacidade de exprimir adequadamente o mistério lido na plenitude da fé da Igreja”.
Portanto a Igreja deve representar aquilo que se crê e se celebra e devem ser sinais inequívocos de nossa própria fé. A decoração, a harmonia, a beleza, mesmo na sua simplicidade, tudo deve testemunhar a dignidade que lá se celebra.
SACRÁRIO: pequeno compartimento onde são guardadas as hóstias consagradas. Local de maior dignidade do templo.
PRESBITÉRIO: é a parte da Igreja reservada aos oficiantes. Fica em nível mais alto para tornar mais visível o desenrolar do rito sagrado aos fiéis. É o espaço vital do templo, onde desenvolve toda a ação litúrgica.
CREDÊNCIA: pequena mesa, próxima ao altar, onde se colocam os objetos litúrgicos que serão utilizados na celebração.
NAVE: é o espaço do templo reservado aos fiéis.
Agora que já conhecemos bastante sobre os paramentos litúrgicos podemos participar melhor de nossas celebrações conhecendo cada objeto e sua função dentro do ato litúrgico.

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