Bem vindo ao nosso Blog!

Durante mais de um ano, estivemos presente no seu dia a dia postando aqui as matérias do informativo impresso.

A partir de 2012, não seguiremos com o blog devido a mudanças na equipe e outros fatores.

Mas você ainda pode relembrar as excelentes matérias já publicadas aqui.

A equipe do Informativo agradece a você que tem nos acompanhado por aqui. Que Nossa Senhora de Fátima abençoe sempre seu caminho.


sábado, 26 de fevereiro de 2011

Congregação dos Servitas

Matéria publicada na edição de fevereiro/2011

Neste mês aprofundaremos um pouco de nossa espiritualidade, conhecendo a Congregação dos Servitas. Aqui veremos os nobres sentimentos que os levaram a acreditar no amor de Deus e da Virgem Maria.
CONTEXTO HISTÓRICO
            Na Europa do século XIII as cidades cresceram, formando os burgos ou, na terminologia mais conhecida hoje, os subúrbios. Começara o êxodo rural.
            A organização territorial da Igreja nas cidades normalmente compreendia uma Igreja maior, central, que era rodeada de pequenas igrejas suburbanas. Neste contexto urbano surgiram grupos de leigos, que se organizaram como irmandades, com uma piedade desligada das ordens religiosas. Destas irmandades surgiriam mais tarde grupos com sentimentos anticlericais e grupos que levarão à reforma protestante. Tais grupos se dedicavam à oração, praticavam obras de caridade, faziam a leitura da Bíblia na língua vernácula e a interpretavam fora das orientações da Igreja.
            Mas surgiram várias confrarias de penitências, onde os leigos buscavam viver a plenitude do evangelho, em oposição à ganância, luxo, prazeres fúteis e o gosto pelo poder que imperava.
            Algumas ordens fundadas nesse século são bem conhecidas: em 1220 Francisco de Assis estabeleceu a Ordem dos Franciscanos; também em 1220 os Monges Dominicanos foram estabelecidos como uma ordem de ensino. Mas uma outra ordem, surgida em 1233, também estendeu suas raízes por quase todo o mundo: a "Ordem dos Servidores de Nossa Senhora", ou Servitas.
OS SANTOS
            Amidei, Ugoccioni, Sostegni, Buonagiunta, Monaldi, Maneto d'Antela e Aleixo Falconieri formavam um grupo de poetas da região umbrotoscana.
            No dia 15 de agosto de 1233 esses sete jovens estavam reunidos em orações. No momento em que cantavam "laudas" de poemas religiosos dedicados à Virgem Maria, pareceu-lhes que a imagem da Santa se mexera. Mais tarde, voltando para suas casas, quando atravessavam a ponte, Nossa Senhora lhes apareceu vestida de luto e chorando. E disse que a causa de sua tristeza era a guerra civil que ocorria em Florença, há dezoito anos.
            Os sete jovens resolveram fazer alguma coisa pela paz. O bispo de Florença, que nutria pelo grupo grande estima, soube do projeto que tinham de fundar uma comunidade religiosa de vida eremita. Resolveu ajudar, doando o seu terreno no monte Senário. Constituíram, então, a Companhia de Nossa Senhora das Dores. Eles, que eram nobres e ricos, se retiraram para a solidão do Monte, dedicando-se à penitência, a oração e à assistência, para "vivenciarem o compromisso cristão da pobreza, humildade e caridade".
            Resolveram se vestir de preto, em homenagem à Virgem de luto. Viviam reclusos, mas iam toda semana louvar a Maria, em uma pequena Capela que existia na estrada para Cafagio.
            O grupo às vezes pedia ajuda pelas ruas, para ajudar a pobres e doentes. Certo dia, quando distribuíam alimentos aos pobres, um menino passou e perguntou: "Vocês são os servidores de Maria?". Eles viram nessa pergunta outro sinal de Nossa Senhora. Fundaram uma ordem religiosa mariana, sob as Regras de Santo Agostinho, e colocaram nela o nome de "Servidores de Maria".
            Mais tarde, a Capelinha inicial usada pelos sete fundadores foi transformada em um santuário dedicado a Nossa Senhora das Dores. Com exceção de Aleixo, todos os outros fundadores foram ordenados padres. Aleixo se considerou indigno para receber o Sacramento da Ordem.
            A atuação da Ordem dos Servitas produziu frutos em muitos países, inclusive no Brasil, principalmente em São Paulo, Santa Catarina e Acre, onde foram construídos vários conventos. Ainda há uma missão dela em Rio Branco, no Acre. Os "Sete Fundadores" foram canonizados pelo papa Leão XIII, em 1888 e são celebrados juntos no dia 17 de fevereiro, dia da morte do último fundador: Aleixo Falconieri.

ILUMINAÇÃO BÍBLICA EM NOSSA VIDA
            Como em Marcos 10, 42-45, os Servitas assumiram esse propósito do servir, sem nada esperar em troca. De que adianta ganhar o mundo e perder a vida? Os sete santos conseguiram chegar aos verdadeiros valores, aqueles pelos quais se pode dar até a própria vida em troca deles. Hoje a ordem está presente em 70 países com 1050 Frades no mundo. Peçamos a Deus as graças e os dons necessários para uma verdadeira vida de serviço. Que Deus nos ajude a amar do jeito que Jesus amou, para termos um coração manso, humilde e misericordioso! 

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Seminário Diocesano Nossa Senhora das Dores

Matéria publicada na edição de fevereiro/2011

Nosso Seminário completou ano passado – 2010, cem anos de existência.
            Claro, não a atual construção, pois a casa que hoje temos é uma edificação um pouco mais recente. Além do mais, o que chamamos de Seminário Diocesano, na verdade, é um complexo de três casas, o que equivale a três níveis de formação daquele que deseja ser presbítero (padre) na Igreja.
            Vejamos.
            O Seminário foi uma criação de D. Almeida Ferrão. Inicialmente era para atender os adolescentes que terminavam o curso primário, o que equivale nos dias de hoje o ensino básico. Depois, na década de 60, foi criado a curso de Filosofia e de Teologia, em Três Corações, bairro da Cotia.
            Hoje, temos o Propedêutico, a Filosofia e a Teologia, respectivamente, nas cidades de Campanha e Pouso Alegre. Terminamos o ano com 36 seminaristas, ao todo.
            O Propedêutico é um ano em que o vocacionado faz sua primeira experiência de vida comunitária. Também recebe uma introdução da Língua Latina, um aprofundamento no conteúdo recebido no ensino médio (como Português, História, Conhecimentos Gerais) e Breve Introdução de Sagradas Escrituras.
            Já no Curso de Filosofia, que tem duração de três anos, o jovem realiza seu primeiro curso superior. Como todos sabem, Filosofia é o estudo do pensamento humano ao longo do tempo. Várias questões são levantadas, como quem é o homem? Como entender Deus em meio às dificuldades da vida? O sentido da morte, a possibilidade de se conhecer a verdade. Cada pergunta, uma disciplina. É um curso apaixonante. Abre uma incrível visão sobre a vida e a história. Um “banho” de humanidade.
            Por fim, chega o segundo curso superior, a Teologia. Quatro anos. Nessa etapa, o vocacionado terá uma visão mais completa e sistemática a respeito das Sagradas Escrituras, História da Igreja, Moral Cristã, sobre os Sacramentos e sobre o Direito Canônico.  Vários outros conteúdos são apresentados. Outra oportunidade ímpar na vida de uma pessoa.
            Em princípio, ambos os cursos (Filosofia e Teologia) estão abertos a todo o público. Homens e mulheres, jovens e adultos. Aliás, no Brasil em geral, cada vez mais os leigos estão procurando conhecer melhor sua fé e sua Igreja. Seria uma bênção se entre nós essa tendência também fosse contemplada.
            O que mais chama a atenção é que durante este período de formação – ao todo oito anos, o jovem não apenas estuda, mas é convidado a uma vida intensa de oração, de convivência com os colegas e demais presbíteros. Fazem estágio pastoral (aos fins de semana) e têm acompanhamento psicológico. Uma verdadeira “tempestade” de informação e formação. De convivência, desapego e caminhada. Tudo para que haja presbíteros capazes de se tornarem presenças proféticas e pastorais no meio do povo.
            Vivemos num mundo plural, onde o que não falta são os desafios. Assim, a melhor formação é capacitar o seminarista para o diálogo e o serviço. Estar aberto às novas situações, sabendo que não está sozinho. Faz parte da Igreja, a comunidade do povo de Deus.
            Contudo, o seminarista precisa ser como Jesus, homem do Espírito Santo. Deve buscar uma vida íntegra, cheia de benevolência e mansidão. Estamos todos a serviço do Reino. Ninguém é dono de uma verdade e nem trabalha isoladamente, o que seria além de contratestemunho, um empecilho para ação de Deus Livre e misericordioso.
             Pe. Rogério Ferreira da Silva – Campanha - MG 
fotos do site da Diocese da Campanha/MG.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Paramentos Litúrgicos

Matéria publicada nas edições de janeiro e fevereiro/2011


A Igreja Católica é universal e cada povo tem o direito de se exprimir sua cultura.  A Igreja não deseja impor na Liturgia uma forma rígida e única, mas se os costumes de tal povo não consistirem em erros, ela examina e permanece intacto e até admite desde que esteja de acordo com as normas do verdadeiro e autêntico espírito litúrgico. O Papa João Paulo II presidia celebrações que utilizavam a simbologia dos povos não europeus, todavia dentro dos parâmetros da reverência indispensáveis à Sagrada Liturgia.
                Quaisquer que sejam os gestos e sinais aplicados à liturgia deverão sempre contribuir para que levem os fiéis a Deus numa atitude de oração e adoração. Caso este objetivo não seja atingido, mas ao contrário, provoque perplexidade entre os fiéis, os símbolos não podem se considerados autênticos. O que se deve fazer é avaliar e ponderar tentativas de adotar elementos culturais novos para enriquecer eficazmente e sadiamente o ritual católico. (citações do Concílio Vaticano II).
                Como já mostramos várias vezes que a catequese é um permanente da fé, a tarefa do catequista é de cultivar este dom, alimentá-lo e ajudar o cristão a crescer nesta experiência de vida com Jesus Cristo. É tarefa dos catequistas introduzirem no significado e participação ativa, interna e externa, consciente, plena e frutuosa dos mistérios (sacramentos), celebrações, sinais, símbolos, ritos, orações e outras formas litúrgicas. A liturgia por si só possui uma dimensão catequética e a catequese deve ser realizada em harmonia com o ano litúrgico. (vimos sobre o ano litúrgico na edição de novembro/2009). As palavras do Papa João Paulo II ajudam-nos a compreender o papel da Sagrada Liturgia: “Somos por natureza apegados aos sentidos. Diante de uma realidade sobrenatural como é a Santa Missa, a liturgia vem  em nosso socorro, para que através de símbolos e gestos concretos, alcancemos o entendimento daquilo que pela fé cremos. Não que se exija que o mistério seja compreendido plenamente, mas sim para crer e que seja explicado e iluminado pela Sagrada Liturgia, e que possamos dirigir a Deus o culto de adoração que lhe é devido, de modo que a nossa oração seja um espelho fiel de nossa fé”.
Um símbolo litúrgico será necessariamente simples, pois a realidade que ele nos faz penetrar é também simples, como o Criador de todos os mistérios. Não devemos menosprezar os gestos, as palavras, as vestes, o sagrado rito por sua simplicidade, para não corrermos o risco de desprezar o mistério que esses símbolos representam. Nós fiéis devemos zelar para que a Santa Missa seja sempre honrada e respeitada em todos os parâmetros.
Objetos litúrgicos, também chamados “alfaias” são aqueles que servem ao culto divino e ao uso sagrado, razão pelo qual não podem ser manuseados com displicência ou de maneira desrespeitosa. São objetos feitos de materiais nobres, ornados de tal forma que invoquem a riqueza dos mistérios que eles servem.
Veremos alguns logo abaixo:
A Encíclica Sacrosanctum Concilium assim descreve a importância da dignidade dos objetos utilizados na liturgia: “A Igreja preocupou-se com muita solicitude em que as alfaias Sagradas contribuíssem para a dignidade e beleza do culto”. Dessa forma não cumpre o papel a que se propõem, objetos que não exaltem essa dignidade, tais como: cálices comuns ou patenas improvisadas, feitas de materiais desprovidos de valor.



Vamos conhecer mais alguns paramentos litúrgicos:
VESTES
Alva = é uma túnica branca amarrada na cintura por um cordão grosso chamado CINGULO.
Amito = é uma peça que o Sacerdote põe sobre os ombros ao se vestir com os paramentos para a celebração. É posto antes da Alva.
Casula = trata-se de um manto que se veste sobre a alva e a estola.
Estola = é a peça colorida que o padre coloca sobre os ombros caindo sobre o pescoço formando duas faixas paralelas em cima da Alva. Significa a dignidade do sacerdote.
Véu Umeral = manto ricamente ornado, usado pelo sacerdote na benção do Santíssimo Sacramento.

CORES
Como estamos começando um novo ano litúrgico é bom relembrarmos as cores que variam de acordo com tempo litúrgico ou a solenidade que se celebra. Elas aparecem nas vestes, na toalha do altar e do ambão. Eventualmente em cortinas atrás do altar.
BRANCO: paz, vitória, ressurreição, pureza e alegria. É usada na Quinta-feira Santa, Vigília Pascal, Natal, festas de Santos (não mártires).
VERMELHO: amor, sangue, martírio e fogo. Usada no Domingo de Ramos, Sexta-Feira Santa, Pentecostes, festas dos Apóstolos, dos mártires e evangelistas.
VERDE: tempo comum.
ROXO: penitência. Usada na Quaresma e no Advento.
ROSA: Alegria. Usada no 4º Domingo da Quaresma e no 3º Domingo do Advento.

Outros símbolos são usados fartamente nos parâmetros litúrgicos, em portas de sacrário e nas partículas como:
IHS = Jesus Salvador dos Homens
XP = são as duas primeiras letras da palavra Cristo em grego.
Alfa e Ômega = A primeira e a última letra do alfabeto grego. Jesus é o princípio e o fim de todas as coisas.
Cordeiro de Deus = Jesus Cristo. Nas palavras de São João Batista: “Ecce agnus dei” (Eis o Cordeiro de Deus).

O TEMPLO
O Papa João Paulo II lembra-nos que “a arte sacra deve caracterizar-se pela sua capacidade de exprimir adequadamente o mistério lido na plenitude da fé da Igreja”.
Portanto a Igreja deve representar aquilo que se crê e se celebra e devem ser sinais inequívocos de nossa própria fé. A decoração, a harmonia, a beleza, mesmo na sua simplicidade, tudo deve testemunhar a dignidade que lá se celebra.
SACRÁRIO: pequeno compartimento onde são guardadas as hóstias consagradas. Local de maior dignidade do templo.
PRESBITÉRIO: é a parte da Igreja reservada aos oficiantes. Fica em nível mais alto para tornar mais visível o desenrolar do rito sagrado aos fiéis. É o espaço vital do templo, onde desenvolve toda a ação litúrgica.
CREDÊNCIA: pequena mesa, próxima ao altar, onde se colocam os objetos litúrgicos que serão utilizados na celebração.
NAVE: é o espaço do templo reservado aos fiéis.
Agora que já conhecemos bastante sobre os paramentos litúrgicos podemos participar melhor de nossas celebrações conhecendo cada objeto e sua função dentro do ato litúrgico.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Primeiro Retiro Paroquial da Paróquia Cristo Ressuscitado

Matéria publicada na edição de fevereiro/2011

Ser missionário é ser anunciador, aquele que leva a mensagem de esperança àqueles que necessitam. Nossa missão é anunciar Jesus Cristo que por amor nos resgatou, mas nos quer próximos de si. Anunciar Jesus nas casas, comunidades, cidades e vilas é missão de todos os batizados. Neste momento das Santas Missões Populares em nossa Paróquia, somos os missionários, os Apóstolos, os Discípulos enviados para o trabalho de Reavivar o dom de Deus que há no coração de cada um, e convidá-lo a caminhar na Igreja e com a Igreja que é o Corpo de Cristo. Deixemo-nos guiar pelo Espírito Santo, pois somos colaboradores na construção do reino de Deus, e amparados nos braços de Nossa Senhora, anunciemos com alegria a grande mensagem de Salvação.
A Missão é o acolhimento do olhar enamorado do Pai-do-Céu sobre cada um dos seus filhos. Ela é um mistério de amor, e os nossos esquemas e as nossas teologias ficam a uma distância infinita dessa realidade. A Missão é uma mística que precisamos recuperar. A missão nasce em Deus, é dom de Deus.  
Antes de ser uma atividade, a Missão é contemplação e disposição para mergulhar no projeto e na bondade de Deus.
O missionário, antes de se entregar aos homens que quer evangelizar, entrega-se a Deus, a quem quer amar. A missão é terra de Deus, é preciso passar por Ele, para entrar na terra de Missão.
Dentro deste contexto a paróquia Cristo Ressuscitado estará realizando o primeiro retiro paroquial das Santas Missões Populares, nos dias 19 e 20/02/11. Estamos mobilizando nossos paroquianos para a dinamização do retiro paroquial. Por isso é preciso que nós, que somos cristãos conscientes tomemos o retiro como ocasião de reflexão e de ponto de partida para um trabalho que, embora seja árduo, é compensador e nos ajudará a construir uma comunidade melhor.
Dê o seu sim para Deus através das Santas Missões Populares, venha participar.
Coordenação das Santas Missões Populares.
 Abraços, Paz e bem!

Luiz Henrique – CPP

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Mensagem do Papa pelo Dia Mundial do Enfermo


Queridos Irmãos e Irmãs!
Todos os anos, na memória da Bem-Aventurada Virgem de Lourdes, que se celebra no dia 11 de fevereiro, a Igreja propõe o Dia Mundial do Doente. Esta circunstância, como quis o venerável João Paulo II, torna-se a ocasião propícia para refletir sobre o mistério do sofrimento e, sobretudo, para tornar as nossas comunidades e a sociedade civil mais sensíveis aos irmãos e irmãs doentes. Se todos os homens são nossos irmãos, aquele que é débil, sofredor ou necessitado de cuidado deve estar mais no centro da nossa atenção, para que nenhum deles se sinta esquecido ou marginalizado; com efeito “a grandeza da humanidade determina-se essencialmente na relação com o sofrimento e com quem sofre. Isto vale tanto para o indivíduo como para a sociedade. Uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem não é capaz de contribuir, mediante a compaixão, para fazer com que o sofrimento seja compartilhado e assumido mesmo interiormente é uma sociedade cruel e desumana” (Carta enc. Spe Salvi, 38).
As iniciativas que serão promovidas nas diversas Dioceses, por ocasião deste Dia, sirvam de estímulo para tornar cada vez mais eficaz o cuidado para com os sofredores, também na perspectiva da celebração de modo solene, que terá lugar em 2013, no Santuário mariano de Altötting, na Alemanha.
1. Tenho ainda no coração o momento em que, durante a visita pastoral a Turim, pude deter-me em reflexão e oração diante do Santo Sudário, diante daquele rosto sofredor, que nos convida a meditar sobre Aquele que carregou sobre si a paixão do homem de todos os tempos e lugares, inclusive os nossos sofrimentos, as nossas dificuldades e os nossos pecados. Quantos fieis, no curso da história, passaram diante daquele tecido sepulcral, que envolveu o corpo de um homem crucificado, que corresponde em tudo ao que os Evangelhos nos transmitem sobre a paixão e a morte de Jesus! Contemplá-lo é um convite a refletir sobre quanto escreve São Pedro: “Pelas suas chagas fostes curados“ (1 Pd 2, 24). O Filho de Deus sofreu, morreu, mas ressuscitou, e exatamente por isso aquelas chagas tornam-se o sinal da nossa redenção, do perdão e da reconciliação com o Pai; tornam-se, contudo, também um banco de prova para a fé dos discípulos e para a nossa fé: todas as vezes que o Senhor fala da sua paixão e morte, eles não compreendem, rejeitam, opõem-se. Para eles, como para nós, o sofrimento permanece sempre carregado de mistério, difícil de aceitar e suportar. Os dois discípulos de Emaús caminham tristes, devido aos acontecimentos daqueles dias em Jerusalém, e só quando o Ressuscitado percorre a estrada com eles, se abrem a uma visão nova (cf. Lc 24, 13-31). Também o apóstolo Tomé mostra a dificuldade em crer na via da paixão redentora: “Se eu não vir o sinal dos cravos nas suas mãos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei” (Jo 20, 25). Mas diante de Cristo que mostra as suas chagas, a sua resposta transforma-se numa comovedora profissão de fé: “Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20, 28). O que antes era um obstáculo intransponível, porque sinal da aparente falência de Jesus torna-se, no encontro com o Ressuscitado, a prova de um amor vitorioso: “Somente um Deus que nos ama a ponto de carregar sobre si as nossas feridas e a nossa dor, sobretudo a dor inocente, é digno de fé” (Mensagem Urbi et Orbi, Páscoa de 2007).
2. Queridos doentes e sofredores, é justamente através das chagas de Cristo que podemos ver, com olhos de esperança, todos os males que afligem a humanidade. Ressuscitando, o Senhor não tirou o sofrimento e o mal do mundo, mas extirpou-os pela raiz. À prepotência do Mal opôs a onipotência do seu Amor. Indicou-nos então, que o caminho da paz e da alegria é o Amor: “Como Eu vos amei, vós também vos deveis amar uns aos outros” (Jo 13, 34). Cristo, vencedor da morte, está vivo no meio de nós E enquanto com São Tomé dizemos também: “Meu Senhor e meu Deus”, seguimos o nosso Mestre na disponibilidade a prodigalizar a vida pelos nossos irmãos (cf. 1 Jo 3, 16), tornando-nos mensageiros de uma alegria que não teme a dor, a alegria da Ressurreição.
São Bernardo afirma: “Deus não pode padecer, mas pode compadecer”. Deus, a Verdade e o Amor em pessoa, quis sofrer por nós e conosco; fez-se homem para poder compadecer com o homem, de modo real, em carne e sangue. Em cada sofrimento humano, portanto, entrou Aquele que partilha o sofrimento e a suporta; em cada sofrimento difunde-se a con-solatio, a consolação do amor partícipe de Deus para fazer surgir à estrela da esperança (cf. Carta enc. Spe salvi, 39).
A vós, queridos irmãos e irmãs, repito esta mensagem, para que sejais suas testemunhas através do vosso sofrimento, da vossa vida e da vossa fé.
3. Considerando o encontro de Madrid, no mês de Agosto de 2011, para a Jornada Mundial da Juventude, gostaria de dirigir também um pensamento especial aos jovens, especialmente aos que vivem a experiência da doença. Com frequência a Paixão e a Cruz de Jesus causam medo, porque parecem ser a negação da vida. Na realidade, é exatamente o contrário! A Cruz é o “sim” de Deus ao homem, a expressão mais elevada e intensa do seu amor e a fonte da qual brota a vida eterna. Do Coração trespassado de Jesus brotou esta vida divina. Só Ele é capaz de libertar o mundo do mal e de fazer crescer o seu Reino de justiça, de paz e de amor ao qual todos aspiramos (cf. Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude de 2011, 3). Queridos jovens, aprendei a “ver” e a “encontrar” Jesus na Eucaristia, onde Ele está presente de modo real para nós, até se fazer alimento para o caminho, mas sabei reconhecê-lo e servi-lo também nos pobres, nos doentes, nos irmãos sofredores e em dificuldade, que precisam da vossa ajuda (cf. ibid., 4).
A todos vós jovens, doentes e sadios, repito o convite a criar pontes de amor e solidariedade, para que ninguém se sinta sozinho, mas próximo de Deus e parte da grande família dos seus filhos (cf. Audiência geral, 15 de Novembro de 2006).
4. Ao contemplar as chagas de Jesus o nosso olhar dirige-se ao seu Sacratíssimo Coração, no qual se manifesta em sumo grau o amor de Deus. O Sagrado Coração é Cristo crucificado, com o lado aberto pela lança, do qual brotam sangue e água (cf. Jo 19, 34), “símbolo dos sacramentos da Igreja, para que todos os homens, atraídos pelo Coração do Salvador, bebam com alegria na fonte perene da salvação” (Missal Romano, Prefácio da Solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus). Especialmente vós, queridos doentes, sentis a proximidade deste Coração cheio de amor e bebeis com fé e alegria de tal fonte, rezando: “Água do lado de Cristo, lava-me. Paixão de Cristo, fortalece-me. Oh, bom Jesus, ouve-me. Nas tuas chagas, esconde-me” (Oração de Santo Inácio de Loyola).
5. Na conclusão desta minha Mensagem para o próximo Dia Mundial do Doente, desejo exprimir o meu afeto a todos e a cada um, sentindo-me partícipe dos sofrimentos e das esperanças que viveis quotidianamente em união com Cristo crucificado e ressuscitado, para que vos conceda a paz e a cura do coração. Juntamente com Ele ao vosso lado vigie a Virgem Maria, que invocamos com confiança como Saúde dos enfermos e Consoladora dos sofredores. Aos pés da Cruz realiza-se para Ela a profecia de Simeão: o seu Coração de Mãe é trespassado (cf. Lc 2, 35). Do abismo da sua dor, participação no sofrimento do Filho, Maria tornou-se capaz de assumir a nova missão: tornar-se a Mãe de Cristo nos seus membros. Na hora da Cruz, Jesus apresenta-lhe cada um dos seus discípulos, dizendo-lhe: «Eis o teu filho» (cf. Jo 19, 26-27). A compaixão materna para com o Filho torna-se compaixão materna para cada um de nós nos nossos sofrimentos quotidianos (cf. Homilia em Lourdes, 15 de Setembro de 2008).
Queridos irmãos e irmãs, neste Dia Mundial do Doente, exorto também as Autoridades a fim de que invistam cada vez mais energias em estruturas médicas que sirvam de ajuda e apoio aos sofredores, sobretudo aos mais pobres e necessitados e, dirigindo o meu pensamento a todas as Dioceses, transmito uma saudação afetuosa aos Bispos, aos sacerdotes, às pessoas consagradas, aos seminaristas, aos agentes no campo da saúde, aos voluntários e a todos os que se dedicam com amor a cuidar e aliviar as chagas de cada irmão e irmã doente, nos hospitais ou casas de cura, nas famílias: nos rostos dos doentes sabei ver sempre o Rosto dos rostos: o de Cristo.
A todos garanto a minha recordação na oração, enquanto concedo a cada um a especial Bênção Apostólica.
Vaticano, 21 de Novembro de 2010.
Papa Bento XVI

MENSAGEM RETIRADA DO SITE DA CNBB

sábado, 5 de fevereiro de 2011

“As palavras têm um extraordinário poder para unir as pessoas...”.

Matéria publicada na edição de fevereiro/2011

Três anos do informativo A Voz do Ressuscitado

“Dificilmente se poderá supervalorizar o impacto dos meios de comunicação no mundo de hoje; o advento da sociedade da informação é uma revolução cultural, que fez, dos meios de comunicação o ‘primeiro areópago* da idade moderna’, no qual fatos, idéias e valores estão constantemente a mudar.” Para muitos, a experiência da vida é em grande medida uma experiência dos meios de comunicação. “A proclamação de Cristo deve constituir uma parte desta experiência.”
            Começamos esta matéria com as palavras do Papa João Paulo II e nos alegramos em poder dizer que nossa paróquia há três anos vive uma experiência de comunicação onde o Cristo é proclamado. Em 13 de janeiro de 2008 foi criada pelo Bispo Dom Diamantino a Paróquia do Cristo Ressuscitado, tendo como seu primeiro pastor o Padre Luciano Isidoro. Através de sua visão ousada, em fevereiro daquele mesmo ano foi lançada a primeira edição do Informativo Paroquial A Voz do Ressuscitado.
Inicialmente as matérias eram pensadas e editadas pelo próprio pároco, posteriormente foi formada uma equipe paroquial para redigir as matérias e montar o informativo, sempre com a supervisão do pároco. Assim como a paróquia sofreu mudanças, atualmente nosso pároco é o Padre José Antônio, o informativo também passou por mudanças.
De sua primeira edição até a 17ª edição, o jornal possuía 6 páginas e era confeccionado em uma papel próprio para jornal. A partir da 18ª edição, em julho de 2009, o jornal passou a ser impresso num papel branco e ganhou a cor azul (em homenagem ao azul de Nossa Senhora), utilizado até hoje, com esta mudança ele passou a ter somente 4 páginas.
O ano de 2010 foi de grandes mudanças para o jornal, em abril, como a comunidade não para, ele voltou a ter 6 páginas e em novembro passou a ter 8 páginas.
Em novembro ainda o informativo foi além do impresso e chegou à rede mundial de comunicação (internet) com o lançamento do nosso Blog.
É por isso que temos motivo de sobra para agradecer a Deus as bênçãos que são derramadas sobre nossa Paróquia, e não podemos esquecer de agradecer aqui aos patrocinadores do informativo impresso, sem o auxílio financeiro deles não seríamos capazes de viver esta experiência. Agradecemos também ao Gustavo da Gráfica Opção, que mensalmente nos auxilia na montagem deste informativo e, especialmente a você, que anuncia o Cristo Ressuscitado quando leva nosso informativo para casa, para o trabalho e divulga com amor e carinho nossa paróquia.
Nosso muito obrigado por nos deixar fazer parte de sua vida.

*Areópago = o Supremo Tribunal de Atenas

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A VIDA DOS SANTOS - FEVEREIRO

A vida dos santos
3 de Fevereiro.



SÃO BRÁS, BISPO E MÁRTIR (+ Sebaste, Armênia, 316)

         São Brás nasceu na Armênia, Foi médico e depois Bispo de Sebaste, onde sofreu o martírio por não sacrificar aos deuses pagãos. É invocado especialmente contra as doenças da garganta, porque certa vez salvou, conforme narram as Atas de sua vida, um menino que estava para morrer por ter engolido uma espinha de peixe.
            São Brás é venerado no Oriente e Ocidente com a mesma intensidade ao longo de séculos, e até hoje, mães aflitas recorrem à sua intercessão quando um filho se engasga ou apresenta problemas de garganta. A bênção de São Brás, procurada principalmente por quem tem problemas nesta parte do corpo, é ministrada nesta data em muitas igrejas do mundo cristão.
 O prodígio atribuído à ele quando era levado preso, para depois ser torturado, é dos mais conhecidos por pessoas de todo o planeta. Consta que uma mãe aflita jogou-se aos seus pés pedindo que socorresse o filho, que agonizava com uma espinha de peixe atravessada na garganta. O santo rezou, fez o sinal da cruz sobre o menino e este se levantou milagrosa, e imediatamente como se nada lhe tivesse acontecido.
 Também sabemos que, apesar de aqueles anos marcarem os finais das grandes perseguições aos cristãos, muitos ainda foram torturados e mortos na mão dos poderosos pagãos. Brás abandonou o bispado e se protegeu na caverna de uma montanha isolada e mesmo assim, depois de descoberto e capturado, morreu em testemunho de sua fé sob as ordens do imperador Licínio, em 316. 
Muitas tradições envolvem seus prodígios, graças e seu suplício. Segundo elas, a fama de sua santidade rodou o mundo ainda enquanto vivia e sua morte foi impressionante. O bispo Brás teria sido terrivelmente flagelado e torturado, sendo por fim pendurado em um andaime para morrer. Como isso não acontecia, primeiro lhe descarnaram os ossos com pentes de ferro, depois tentaram afogá-lo duas vezes e, frustrados, o degolaram para ter certeza de sua morte.
 O corpo do Santo Mártir ficou guardado na sua Catedral de Sebaste da Armênia, mas no ano 732 uma parte de suas relíquias foi embarcada por alguns cristãos armênios que seguiam para Roma.
Nessa ocasião uma repentina tempestade interrompe a viagem na altura da cidade de Maratea, em Potenza; e ali os fieis acolhem as relíquias do santo numa pequena igreja, que depois se tornaria sua atual basílica e a localidade receberia o nome de Monte São Brás.
Ultimamente, em 1983 no local da igrejinha inicial foi erguida uma estátua de São Brás, com a altura de vinte e um metros.

Além de São Brás, no mês de janeiro fazemos memória também a:
Santa Veridiana, Festa da Apresentação do Menino Jesus no Templo, Os sete fundadores da Ordem dos Servitas , São João de Brito, Santa Águeda, São Ricardo, Rei e Confessor, Santo Jerônimo Emiliano, Santa Escolástica, Nossa Senhora de Lourdes; S. Eulália de Barcelona, Santa Catarina de Ricci, S. Martiniano, S. Gregório II, S. Benigno, Santo Cirilo, Santo Faustino, Santo Onésimo, Santa Bernardete Soubirous, Santo Eleutério, Santo Pedro Damião, Cátedra de São Pedro, São Policarpo, São Romão.