Alerta aos consumidores quanto aos abusos nas listas de material escolar

Matéria publicada na edição de janeiro/2011 - CIDADANIA

            Depois de um período para renovação ou matrículas dos filhos, Janeiro é um mês de preocupação para os pais que correm atrás do material escolar. É um mês que se concentram muitas despesas e muitas vezes falta dinheiro para comprar todo material, principalmente em famílias com maior número de filhos.

            Em benefício do próprio bolso, é necessário que os pais façam um balanço do que restou do período anterior verificando a possibilidade de reaproveitamento. O PROCON orienta que se leia com atenção a lista que a escola pede e verifique se a quantidade é realmente adequada. Não é preciso comprar todo o material escolar no início do ano, os pais podem combinar com a escola e adquirir apenas os produtos a serem utilizados no primeiro semestre.

            De acordo com o órgão de Proteção e Defesa do Consumidor, a escola não pode exigir a aquisição de uma determinada marca ou loja. A lista deve ser neutra e conter apenas as especificações do produto.

            Procure comprar somente o necessário, levando em consideração as taxas de juros nos pagamentos a prazo. E não se esqueça: O importante é “pesquisar, pesquisar e pesquisar” e não deixar para a última hora. Deve-se evitar a compra em qualquer loja sem procurar e comparar os preços.

            A escola só pode exigir material didático de uso individual. O PROCON listou uma série de produtos que não podem ser exigidos como material escolar:

1. Álcool hidrogenado
2. Algodão
3. Bolas de sopro
4. Canetas para lousa
5. Copos descartáveis
6. Cordão
7. Creme dental
8. CD*
9. Elastex
10. Esponja para pratos
11. Estêncil a álcool e óleo
12. Fita para impressora
13. Fitas decorativas
14. Fitilhos
15. Giz branco e colorido
16. Grampeador
17. Grampos para grampeador
18. Lenços descartáveis
19. Medicamentos
20. Papel higiênico
21. Papel convite
22. Papel ofício colorido
23. Papel ofício** (230x330)
24. Papel para impressoras
25. Papel para copiadores
26. Papel para enrolar balas
27. Pegador de roupas
28. Plásticos para classificador
29. Pratos descartáveis
30. Sabonetes
31. Talheres descartáveis
32. Tonner para impressora

*CD é permitido para escolas que não adotam livros didáticos.
** Papel ofício (230x330) é permitido apenas para escolas que trabalhem com apostilas e Xerox.

Fique atento e boas compras!!!!

Ano Novo: um presente de Deus

Matéria publicada na edição de janeiro/2011.

Imagine quantos anos já passaram em nossas vidas! Todos eles ficaram para trás, onde sonhos foram realizados, momentos difíceis foram vividos, pessoas novas entraram em nossa história e Deus sempre esteve aí para nos amparar.

                Cada ano foi um presente de Deus, tenhamos aproveitado ou não. Este ano que inicia também será uma nova oportunidade vinda do alto, um novo tempo cheio de surpresas que se realizarão dia-a-dia.

                Este é o momento de agradecer pelo ano que passou e encararmos o Ano Novo cheios de esperanças. Muitos poderão ser nossos propósitos para o futuro. Aqui estão algumas sugestões:

Talvez seja o momento de estarmos mais perto de Deus, através da confissão e da Santa Missa.

Podemos nos comprometer a participar mais da vida da Igreja, entrando em alguma pastoral ou movimento.

Provavelmente pode ser o momento de começar a viver o dízimo como atitude de fé e gratidão a Deus.

Será também o tempo de viver como cristão em casa, com os familiares, no trabalho.

Outras sugestões poderiam ser dadas. Com certeza, ao ler este artigo, surgiu alguma ideia do que você pode fazer para que o 2011 seja diferente, e certamente melhor.

Peçamos também a luz do Espírito Santo neste ano que começa, para que ele nos guie em todos os momentos, pois sem Deus não somos nada.

Abracemos este novo tempo colocando Deus no centro de nossas vidas. Afinal, é Ele quem organiza e dá sentido a tudo o que fazemos. Descubramos na oração e na Eucaristia a sua vontade para cada um de nós.

Um feliz Ano Novo cheio da graça de Deus para todos!

A VIDA DOS SANTOS - JANEIRO

1º de janeiro

 BEM AVENTURADA VIRGEM MARIA, MÃE DE DEUS.
"Ela é a mulher forte que conheceu a pobreza e o sofrimento, a fuga e o exílio". Mt 2,13-23

"A mulher cuja função materna se dilatou, vindo a assumir, no Calvário, dimensões universais”.
Papa Paulo VI.

        

Antigamente, nesta data, se celebrava a Circuncisão do Menino Jesus. Atualmente, nela, se celebra a Santíssima Virgem, que o Concílio de Éfeso (ano 431) proclamou “Theotókos” (Mãe de Deus).

 Oito dias depois da Natividade, primeiro dia do ano novo, o calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no mistério de sua maternidade divina. Escolha acertada, porque de fato Ela é "a Virgem mãe, Filha de seu Filho, humilde e mais sublime que toda criatura, objeto fixado por um eterno desígnio de amor" (Dante). Ela tem o direito de chamá-lo "Filho", e Ele, Deus onipotente, chama-a, com toda verdade, Mãe!

            De certa forma, todo o ano litúrgico segue as pegadas desta maternidade, começando pela solenidade da Anunciação, a 25 de Março, nove meses antes da Natividade. Maria concebeu por obra do Espírito Santo. Como todas as mães, trouxe, no próprio seio, aquele que só ela sabia que se tratava do Filho unigênito de Deus, que nasceu na noite de Belém.

 Ela assumiu para si a missão confiada por Deus sabendo, por conhecer as profecias, que teria também seu próprio calvário, enquanto mãe daquele que seria sacrificado em nome da salvação da Humanidade. Deus se fez carne por meio de Maria. Ela é o ponto de união entre o céu e a Terra. Contribuiu para o cumprimento da plenitude dos tempos. 

O próprio Jesus através do apóstolo São Lucas nos esclarece: "Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto" (Lc. 6,43). Portanto, pelo fruto se conhece a árvore. Santa Isabel, quando recebeu a visita de Maria já coberta pelo Espírito Santo, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre." (Lc. 1,42). O Fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus Altíssimo, Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor. Quem aceita Jesus, fruto de Maria, aceita a árvore que é Maria. Maria é de Jesus e Jesus é de Maria. 

Por tomar esta verdade como dogma é que a Igreja reverencia, no primeiro dia do ano, a Mãe de Jesus. Que a contemplação deste mistério exerça em nós a confiança inabalável na Misericórdia de Deus, para nos levar ao caminho reto, com a certeza de seu auxílio, para abandonarmos os apegos e vaidades do mundo, e assimilarmos a vida de Jesus Cristo, que nos conduz à Vida Eterna.

Com esses objetivos entreguemos o novo ano à proteção de Maria Santíssima que, quando se tornou Mãe de Deus, fez-se também nossa Mãe, incumbiu-se de formar em nós a imagem de seu Divino Filho, desde que não oponhamos de nossa parte obstáculos à sua ação maternal.

 A comemoração de Maria como Mãe de DEUS, neste dia, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais poderia encarnar os ideais de paz, amor e solidariedade do que ela, que foi o terreno onde Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu aquele que personificou a união ente os homens e o amor ao próximo, o Cristo. Celebrar Maria é celebrar O nosso Salvador. Dia da Paz, dia da Mãe Santíssima. Nos tempos sofridos e sangrentos em que vivemos, um dia de reflexão e esperança.

Além de Maria Santíssima, no mês de janeiro fazemos memória também a:

São Fulgêncio, São Basílio (Magno), São Gregório Nazianzeno, Santa Genoveva, São Simeão o Estilista, Dia de Reis, Epifania do Senhor, São Severino, São Adriano, São Guilherme de Bourges, São Teodósio, São Higino Papa, São Félix de Nola, São Mauro confessor, Santo Antão Abade e Confessor, São Sebastião, Santa Inês, São Ildefonso, São Francisco de Sales, Conversão de São Paulo, São Timóteo e São Tito, São Tomás D'Aquino, São Valério de Treviri, Santa Jacinta de Mariscotti, São João Bosco.

Auxílio às Vitimas das Enchentes no Sul de Minas

Não basta olharmos as notícias na TV e simplesmente pedir que Deus ajude aquelas pessoas. É preciso seguir o exemplo de Jesus e colocar a mão na massa.

notícia publicada no Blog do Madeira

Empresas, instituições públicas, igrejas e voluntários se reuniram na tarde desta segunda-feira (17) para unificar as campanhas pelos desabrigados com as chuvas no Sul de Minas. A reunião foi realizada na sede da Fundação Cultural. A coleta de alimentos, água, colchões, remédios e roupas será feita até sexta-feira (21). Os donativos serão levados para as cidades atingidas no sábado (22). Quem quiser doar algo maior, como colchões, deve ligar para 3222-7505, que os organizadores buscam. Clique abaixo para ver onde levar donativos.

Postos de coleta
INTER ADUANEIRA – Assessoria em Comércio Exterior
Av. Dr. Mateus Acayaba, 50 (ao lado direito do Parque de Exposições) – Varginha/MG
(35)-2105-4500
contato@interaduaneira.com.br

NOVA SAFRA
Av. Princesa do Sul, 745 – Varginha/MG
(35) 3068-2600
contato@novasafralog.com.br

Associação Médica de Varginha
Av. Rio Branco, 202 – centro

Automóvel Clube de Varginha

Ótica Madeira
Rua Delfim Moreira, 328, centro
madeira@uai.com.br

Panificadora Princesa, Supermercados Maiolini, Oba Oba e Pajeú, Galeria da Fonte, Promédica, OAB/Varginha, Plascar, Cooper Standard, Michelin-Britto’s, Quartel da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, posto Tenda, posto Líder (antigo Geraldo Lima)

Faça a sua parte!

A Vida é uma Missão

Matéria publicada na edição de janeiro/2011.

Missão? O que é missão? Por que a missão? Porque a vida pede um sentido, a falta de sentido gera crise.

Ninguém é perfeito, somos seres em construção, a vida é caminhada. Para caminhar precisamos de rumos, de objetivos.

A vida chama, a vida é um chamado, a vida é uma vocação. Somos todos (as) vocacionados (as) por natureza.

A vida espera resposta. Missão é a resposta ao chamado. Não se vive sem missão, A VIDA É UMA MISSÃO! Educar é fazer da vida uma missão, missão e profissão.

A missão faz caminhar, a missão faz viver, a missão dá sentido à vida, a missão cura, a missão desperta e articula energias, a missão faz milagres. Vivemos a missão no aqui e no agora.

Há missão e missão. O maior desafio: dar um sentido verdadeiro à vida. A grandeza de uma missão depende do sentido que damos à vida. Pessoa verdadeira é aquela que abraça uma missão autêntica.

Por que a missão?

Porque o amor habita em nós, a força do amor. O amor é uma força centrifuga o amor não é uma qualidade a mais, o amor está na essência da vida, não se vive sem amor.

O amor dá sentido verdadeiro à vida, O AMOR FAZ DA VIDA UMA MISSÃO! A missão é um caso de amor.

Onde há amor, há missão, o amor vence barreiras, supera fronteira, derruba bloqueios. A missão é universal e situada.

Por que a missão?

Porque no mundo há divisões, injustiças e corrupções. A força do amor impulsiona para outro mundo possível. A HUMANIDADE GRITA POR MISSÃO.

Por que a missão?

Porque o planeta terra está ferido, enfermo, agonizando, o planeta não suporta mais o consumismo da humanidade. A terra quer continuar a ser uma casa digna para todos. O PLANETA GRITA POR MISSÃO.

Por que a missão?

Porque somos seres transcendentais, o presente, o aquém, não nos basta. O transcendente faz parte da natureza humana. Porque optamos por um Deus que é...

...Deus é mistério, Deus é amor, DEUS É MISSÃO! Não é qualquer missão, Deus age na história, não fora, Deus quer vida plena e liberdade verdadeira para todos. A MISSÃO DE DEUS É TRANSFORMADORA E LIBERTADORA, SEMPRE!

            Por que a missão?

            Porque somos cristãos, o cristão não inventa a missão, os cristãos herdaram a missão trinitária plenamente revelada em Jesus de Nazaré. Ser cristão é ser discípulo de Jesus. Porque ser cristão é ser testemunha da missão de Jesus no mundo de hoje.

            Por que a missão?

            Porque somos membros ativos da Igreja, a Igreja é a comunidade dos seguidores da missão de Deus. A missão da Trindade é a razão de ser da Igreja. A IGREJA É MISSÃO!

            Finalidade da Missão:

            Missão não é para justificar situações, não é para reforçar instituições, é para interpelar, questionar, abrir caminhos novos, é para entrar em um processo de conversão permanente.

            Não há missão sem conversão, Missão é conversão. Não há conversão sem transformação, não há transformação sem libertação de todo tipo de mal.

            Missão é serviço, mas não é qualquer serviço.

            É um serviço libertador às PESSOAS, é um serviço libertador à IGREJA, é um serviço libertador à SOCIEDADE.

            Como realizar a Missão?

A missão precisa de instrumentos, há instrumentos e instrumentos, não um instrumento qualquer.

            É preciso escolher os instrumentos que mais servem aos objetivos da missão, deve ser um instrumento envolvente e participativo, Um instrumento especial...

Deve ser...

Você!!!

Pense nisso e, neste ano de 2011, dê o seu sim para Deus através das Santas Missões Populares. Afinal... É preciso ir ao povo para ouvi-lo, instruí-lo e amá-lo... 

CNBB lança concurso para letra do hino da CF-2012

Está aberto o concurso para a letra do hino da Campanha da Fraternidade 2012 (Veja aqui o Edital http://www.cnbb.org.br/site/images/arquivos/concursoLetraCF2012.pdf). O concurso é organizado pela CNBB, através do Setor Música Litúrgica, da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia.

O hino será escolhido em duas etapas. Na primeira, será feita a escolha da letra. As composições deverão ser entregues até dia 1º de fevereiro de 2011.

Na segunda etapa, será feito o concurso para a música. Depois de abertas, as inscrições para a música vão até maio de 2011.

“Solicitamos a colaboração de todos os poetas para a criação de um texto belo e profundo que possa servir de hino para a Campanha da Fraternidade de 2012”, disse o assessor da CNBB para a Música Litúrgica, padre José Carlos Sala.

A Campanha da Fraternidade 2012 tem como tema: “Fraternidade e saúde pública”, e lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra!” (Cf. Eclo, 38,8). Terá como objetivo geral: “Promover ampla discussão sobre a realidade da saúde no Brasil e das políticas públicas da área, para contribuir na qualificação, no fortalecimento e na consolidação do SUS, em vista da melhoria da qualidade dos serviços, do acesso e da vida da população”.

13/01/2011 - 3 anos da Paróquia do Cristo Ressuscitado

Hoje é um dia muito especial, celebramos os 3 anos da Paróquia do Cristo Ressuscitado.
Queremos agradecer a Deus por iluminar os corações de tantas pessoas que com seu trabalho e dedicação fizeram e fazem a paróquia ser Voz do Cristo Ressuscitado em cada comunidade que compõe esta rede de comunidades.

Parabéns e que cada paroquiano persevere no constante serviço de anunciar o Reino de Deus.

Os três anos da Paróquia do Cristo Ressuscitado

Matéria publicada na edição de janeiro/2011

A Palavra de Deus, na primeira carta de João, nos diz: “Nisto reconhecemos que permanecemos com Deus, e ele conosco: ele nos deu o seu Espírito” (I Jo 4, 13). Deus nos comunicou o seu Espírito e é através dele que o Cristo Ressuscitado permanece conosco, animando nossos corações para a missão. É pelo Espírito Santo que Deus nos faz compreender o mistério pascal de Jesus; é pelo mesmo Espírito que o Senhor suscita em nós diversos dons e carismas para o serviço da comunidade; é esse mesmo Espírito que desperta em nós a solidariedade e o desejo de fazer do mundo um lugar de fraternidade e paz.

Inspirada na palavra de Deus quero partilhar neste informativo o que foi estes três anos em que nos tornamos paróquia. Pela graça de Deus estamos sob o olhar do Cristo Ressuscitado e protegidos pelas mãos maternais de Nossa Senhora de Fátima. A Comunidade paroquial é uma grande família, e olhando para a realidade de nossa paróquia podemos ver as transformações que ocorreram neste período, em tão pouco tempo, tantas mudanças.

Nos dois primeiros anos enfrentamos incertezas e muitos desafios, mas com a direção de nosso administrador paroquial e com a união de todos os paroquianos vimos às vitórias de Deus acontecendo; a Palavra do próprio Deus se vivificando em nossas vidas, “Eis que faço nova todas às coisas”.

No início do 2010 passamos por mais uma transição e mudança em nossa paróquia, que foi a vinda do nosso administrador paroquial Pe José Antonio, foi um ano de conhecimento da nossa paróquia e acredito na sua habilidade pastoral para o pastoreio desse grande rebanho do Senhor.

Na missa nós respondemos três vezes: Ele está no meio de nós. Esta é uma grande verdade de fé, e é pelo seu Espírito que Deus se faz presente no meio de nós. Essa verdade suscita no coração do cristão a fé, a esperança e a caridade. Sem essas virtudes o coração humano é incapaz de viver o amor.

Peçamos a  Deus a graça da fidelidade ao chamado, para que COM MARIA E COMO MARIA, possamos levar o nome do Senhor em muitos lares da nossa querida paróquia do Cristo Ressuscitado; transformando famílias e formando verdadeiros discípulos e missionários de Jesus, para a Glória de Deus Pai. Amém.

Novo Telefone da Comunidade de Fátima

Atenção, o telefone da secretaria paroquial mudou, agora é 3690-1528.

Depois das eleições ...

Matéria publicada na edição de dezembro/2010

Passadas as eleições a consciência cidadã é desafiada a considerar que está terminada a etapa da campanha eleitoral, anunciados os vitoriosos, e iniciada a fase que marca o quadriênio 2011/14. Esta etapa é tão, ou mais importante, quanto a que culminou com a ida às urnas. Os eleitores têm o direito e o dever de acompanhar o desempenho dos seus representantes no Executivo e no Legislativo.

Este acompanhamento é uma imprescindível participação cidadã. Os eleitos estão, nem é necessário dizer, a serviço da sociedade civil. Configurada no seu tecido pelos cidadãos eleitores, a sociedade tem um valor considerável, de modo que a comunidade política, constituída pelo voto, está a serviço dela. A sociedade civil, enquanto universal, é a guardiã e destinatária do bem-comum com a obrigação e o dever de exigir respeito na medida do direito de cada cidadão.

A comunidade civil não pode, portanto, ser considerada como um apêndice ou uma variável da comunidade política. A civil tem preeminência sobre a política. Sua justificação é o serviço prestado aos cidadãos, todos, na construção de uma sociedade justa, solidária e depositária de valores. A referência é aos valores relacionais, morais, éticos e de abertura à transcendência. Aqui se localiza o lugar educativo e de imprescindível contribuição que a  Igreja Católica tem direito e obrigação de oferecer. A comunidade política não é a fonte única e inesgotável na definição de valores que se constituem como parâmetro e critério para a sua orientação.

Quando se pensa, por exemplo, a respeito de ideologias políticas individualistas, totalitárias ou relativistas, no que concerne aos valores morais, a comunidade política precisa de instâncias de confronto que lhe podem dar novos rumos. Não se trata da constituição de bancada, por exemplo, no Parlamento ou nas assembleias legislativas, com qualificação confessional, muitas vezes para atender a interesses de tipo cartorial. Trata-se de um indispensável confronto e presença propositiva à consciência de representantes eleitos, no Executivo e no Legislativo, para que esses não se sustentem apenas do ideário ideológico de seus partidos, e nem apenas de modo individualista do tecido de sua própria consciência, que precisa, é claro, ser bem e permanentemente formada na direção do respeito à vida e na gestão do que é do bem-comum.

Oportuna é a palavra do Santo Padre Bento XVI, quando no seu discurso dirigido ao Conselho Episcopal Regional Nordeste 5, finalizando a Visita ad Limina, aquela que os bispos do mundo inteiro fazem ao Papa. O Pontífice conclamou os bispos, na sua tarefa de ensinar, a formar a consciência moral do povo e esclarecer com veemência a doutrina moral iluminando escolhas e discernimentos no âmbito da política, para garantir rumos adequados e inequívocos quanto ao respeito à vida - desde a fecundação até a morte, com o declínio natural; assim como na priorização de infraestrutura e erradicação da miséria.

Compreende-se, pois, que a orientação dada pede vigência vigilante quanto aos rumos que agora serão dados nas governanças estaduais e federais, bem como redobrar a atenção do mapa configurado nas assembleias legislativas, Câmara e Senado. Não se pode considerar que este período pós-eleitoral signifique um silêncio ou um acompanhamento de desfechos. A fé professada com sinceridade, ancorada em referências éticas, alimenta-se de uma fonte indispensável ao exercício desse serviço prestado pela comunidade política.

Por isso, como outros segmentos da sociedade, e em parceria com eles, a Igreja Católica, para além de interesses particularizados, tem uma tarefa importante na comunidade política, seja partindo da fé professada por seus membros ou pela obrigação de, orgânica e sistematicamente, oferecer confrontos e propostas que propiciem entendimentos visando o bem, a verdade, a dignidade humana, o respeito à vida e à justiça.

É equivocado o entendimento, mesmo por parte de analistas de variados campos do saber, quando pretendem exilar a religião e, mais diretamente, a fé professada da sua incidência, pela força ética e moral, os andamentos da comunidade política. Sendo o povo o sujeito da autoridade política, esse tem o direito de exigir, por ser detentor de soberania, respeito aos seus valores no atendimento de suas necessidades pelos serviços prestados.

Espera-se audácias. O momento está exigindo e é propício para que se alcance, com mais rapidez, conquistas na infraestrutura, erradicação da miséria, avanços na ciência, tecnologia, economia e educação; e ainda, respeito à liberdade religiosa, promoção de valores humanos, morais e políticos. A fé cristã tem, pois, importante tarefa, também, agora depois das eleições.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

(arcebispo de Belo Horizonte/MG)