Bem vindo ao nosso Blog!

Durante mais de um ano, estivemos presente no seu dia a dia postando aqui as matérias do informativo impresso.

A partir de 2012, não seguiremos com o blog devido a mudanças na equipe e outros fatores.

Mas você ainda pode relembrar as excelentes matérias já publicadas aqui.

A equipe do Informativo agradece a você que tem nos acompanhado por aqui. Que Nossa Senhora de Fátima abençoe sempre seu caminho.


sábado, 30 de abril de 2011

Dicas de Segurança - Queimaduras

Matéria publicada na edição de abril/2011

            Podem derivar de contatos com fogo, objetos quentes, água fervente ou vapor, com substâncias químicas, irradiações solar ou com choque elétrico.
O que acontece
            As queimaduras leves (de 1º grau) se manifestam com vermelhidão, inchaço e dor. Nas queimaduras de 2º grau a dor é mais intensa e normalmente aparecem bolhas. Já nas queimaduras graves de 3º grau a pele se apresenta esbranquiçada ou carbonizada e há pouca ou nenhuma dor.
Atenção
            Se as roupas também estiverem em chamas, não deixe a pessoa correr, cubra-a com um tecido como cobertor ou casaco, ou faça rolar no chão.
O que não fazer
            Não toque a área afetada, nunca fure as bolhas, não tente retirar pedaços de roupa grudados na pele. Se necessário, recorte em volta da roupa que está sobre a região afetada. Não use manteiga, pomada, creme dental ou qualquer outro produto doméstico sobre a queimadura, não cubra a queimadura com algodão e nem use gelo ou água gelada para resfriar a região.
O que fazer
            Se a queimadura for de pouca extensão, resfrie o local com água fria imediatamente, cubra o ferimento com compressas de gaze. Em queimaduras de 2º grau, aplique água fria e cubra a área afetada com compressas de gaze embebida em vaselina estéril, dê bastante líquido para a pessoa ingerir. Em qualquer um dos casos, procure um médico imediatamente. 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Universidades Renovadas

Matéria publicada na edição de abril/2011.
Quem somos?
Somos universitários, estudantes de inúmeras instituições de Ensino Superior que respondem, de maneira renovada, aos crescentes desafios propostos pela Igreja, como evangelização na universidade e a evangelização da cultura e das culturas do homem

De onde viemos?
Viemos da Experiência de Efusão do Espírito Santo e da reflexão mais profunda sobre o inicio da RCC. Esta reflexão foi realizada pela primeira vez em 1994 em um seminário num encontro de carnaval da RCC, a Universidade Federal de Viçosa/MG

O Sonho
Nesse seminário, Deus Pai nos ensinou a Sonhar. Sonhar alto, Sonhar com Grupos de Oração Universitários, os conhecidos GOU’s, em todas as faculdades; com profissionais novos sendo lançados no mercado de trabalho. Tudo isso possível porque acreditamos que a construção de uma sociedade mais justa e fraterna só será possível quando homens novos.à luz do evangelho e ungidos pelo poder do Espírito Santo, assumirem seus postos na sociedade. E esses homens na sua maioria passam pela universidade.

Onde estamos?
Atualmente somos mais de 700 grupos de oração universitários (GOU) espalhados por todos os estados do Brasil.
Estamos em um local onde é gerado e transmitido o saber, onde são defendidas inúmeras teses, muitas a serviço da morte. Das universidades saem grandes lideranças políticas, econômicas, sociais e religiosas de uma nação. Um lugar portanto, onde é imprescindível o anúncio da palavra de Deus.

Como nos estruturamos/organizamos?
O MUR é o organismo da Renovação Carismática Católica (RCC) responsável pela evangelização no âmbito universitário, portanto, está contido na estrutura da RCC Brasil. O MUR não possui nenhuma estrutura que não esteja inserida na estrutura da RCC.

Objetivos:
  • Evangelizar com renovado ardor missionário, testemunhando Jesus Cristo em nossas Faculdades e em nossa futura profissão;
  • Evangelizar acreditando ser possível e preciso conciliar fé e razão;
  • Evangelizar em comunhão fraterna com a Igreja, formando homens novos que exerçam as suas funções à luz do evangelho;
E evangelizar com poder de efusão do Espírito Santo, para que o coração de todos nós estudantes, professores e servidores se unam ao coração de Deus;
Sonhar e acreditar, que em comunhão com o Pai e a Cultura de Pentecostes, é possível mudar a realidade e construir definitivamente a Civilização do Amor, como o sinal concreto do Reino de Deus no Brasil e no mundo.
O MUR em Varginha
Estamos presentes nas principais instituições de ensino superior de nossa cidade, como UNIFAL, UNIFENAS, UNIS, FACECA e FADIVA. Com os Grupos de Oração Universitários (GOU) sempre nos intervalos. Participe do GOU em sua faculdade. Caso em sua faculdade, escola ou curso não tenha um GOU, entre em contato para juntos levarmos esse sonho de Amor para o seu local de estudos.
Contato: Gabriel Kentenich, graduando em Ciência e Economia pela UNIFAL.
                Coordenador Diocesano do Ministério Universidades Renovas
                 e-mail: gkentenich@gmail.com

terça-feira, 19 de abril de 2011

Comunidade Santo Expedito

Matéria publicada na edição de abril/2011.

Continuando a apresentar as comunidades de nossa paróquia, nesta edição mostraremos a comunidade de Santo Expedito. No início do mês de agosto de 1999, foi realizada a 1ª missa no bairro Parque Mariela, que na ocasião pertencia à Paróquia de Nossa Senhora do Rosário. A missa foi celebrada pelo então pároco Padre Leonardo, em uma garagem cedida por um morador da comunidade.

            Em uma reunião foi decidido que nosso padroeiro seria Santo Expedito, e até chegarmos ao local definitivo onde seria construída a igreja, as missas foram celebradas em garagens e barracões cedidos por moradores do bairro.

            Sempre fomos uma comunidade pequena, de pessoas humildes, mas sempre juntos em oração com o sonho de construirmos a igreja dedicada a Santo Expedito.

            No dia 07 de outubro de 2002, no terreno doado pelo Sr. Nivaldo Murad, foi construída uma capela de bambu. Meses depois, com a ajuda de muita gente, conseguimos trocar as paredes de bambu por paredes de blocos. A participação dos devotos foi crescendo e houve necessidade de aumentarmos a igreja.

            Em agosto de 2004 tivemos a visita em nossa comunidade do Bispo Dom Diamantino, que veio conhecer de perto nossos trabalhos pastorais. Na época, Dom Diamantino levou uma pasta de documentos contendo toda a história da comunidade, desde o início de sua fundação até a data de sua visita.

            No inicio de 2007, em uma reunião com o então pároco da época Padre Toninho, foi nomeada nossa igreja como SANTUÁRIO DE SANTO EXPEDITO e decidimos também que iríamos dar inicio à construção definitiva.

            Em 1º de maio de 2007, deu-se inicio as obras da igreja, com doações e colaborações de pedreiros voluntários. Aos poucos víamos nosso sonho se realizando.

            Foi com muita alegria que em 19 de abril de 2008, dia dedicado a Santo Expedito, celebramos a primeira missa na tão sonhada igreja, inacabada sim, mas muito esperada.
            Chegamos hoje no ano de 2011, e podemos ver o quanto Deus tem sido pródigo para conosco e podemos dizer que: “Isto é uma obra admirável aos nossos olhos”. Conseguimos concluir o piso, a pintura, como também o forro de nossa igreja. Ainda temos muito por realizar, mas pela fé acreditamos que Deus não deixa a sua obra inacabada e que conseguiremos com a ajuda de cada fiel que vem a esta igreja para a vivência de comunidade e para celebrarmos a sagrada eucaristia, concretizar este sonho e que Santo Expedito interceda por todos nós.
Amém!

sábado, 16 de abril de 2011

Dia Internacional da Terra / Dia do Índio

Matéria publicada na edição de abril/2011.
Em Abril temos duas comemorações importantes: O dia Internacional da Terra e o dia do Índio. O Dia Internacional da Terra, celebrado dia 22 de Abril, refere-se à tomada de consciência dos recursos naturais da Terra e seu manuseio, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis. Os grupos ecologistas utilizam-no como ocasião para avaliar os problemas do meio ambiente e para insistir em soluções que permitam eliminar os estragos das atividades humanas.
            Como podemos acompanhar nos noticiários, a natureza se revolta contra o homem! Por isso, é preciso tomarmos uma postura firme diante de tantos acontecimentos. Neste dia todos estamos convidados a participar em atividades que promovam a saúde do nosso planeta.
            Por falar em Terra, podemos aqui mencionar a contribuição dos índios que tanto nos serve de exemplo. Para eles, a terra é um bem coletivo, destinada a produzir a satisfação das necessidades de todos os membros da sociedade. Os índios sobrevivem utilizando os recursos naturais oferecidos pelo meio ambiente. Eles caçam, plantam, pescam, coletam e produzem os instrumentos necessários a estas atividades. A terra pertence a todos e cada um tira dela seu próprio sustento.
            Devemos lembrar que antes dos Portugueses aqui chegarem, em 1500, os índios já habitavam nosso país. No dia 19 de Abril ocorrem vários eventos dedicados à valorização de sua cultura. É um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, de respeito às suas manifestações culturais e da manutenção de suas terras. Os índios brasileiros que tanto nos ensinam a cuidar da natureza, muitas vezes são alvo de garimpeiros, madeireiros e fazendeiros que cobiçam suas terras e as riquezas naturais delas, exploram e desrespeitam sem se importar com os males e prejuízos causados aos índios e ao meio ambiente. A destruição das florestas, a poluição do ar e das águas, o problema do lixo e do esgotamento sanitário lançados nos rios, a caça predatória são exemplos de ameaças ao equilíbrio da Terra.
            A vida plena que Jesus Cristo prometeu a todos os seus filhos seja também contemplada por nossos irmãos índios e que cada um de nós possamos refletir sobre a necessidade de zelarmos pelo nosso planeta Terra.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Morre Padre Israel

notícia publicada no site: http://www.jornaldelavras.com.br
Lavras está de luto com a morte do padre Israel Batista de Carvalho, ele será velado na Matriz de Sant'Anna. Padre Israel morreu na Santa Casa de Lavras.



     A cidade de Lavras foi abalada com a notícia da morte do padre Israel Batista de Carvalho, o idealizador, criador e mantenedor da Fazenda Senhor Jesus de Lavras, responsável pela recuperação de dependentes químicos.
     Israel Batista de Carvalho nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 2 de maio de 1949, filho de José Batista de Carvalho e Severina Lins de Carvalho. Desde cedo demonstrou seu interesse pela vida religiosa, ainda como estudante do ensino básico que fez na escola estadual "Morro da Conceição", no Recife. Mais tarde cursou o segundo grau em São Paulo, na escola Santa Inês. Fez o curso superior de Filosofia em Brusque, Santa Catarina e de Teologia em Taubaté, São Paulo.
Padre Israel veio para Lavras, para a Paróquia de Sant'Anna, no dia 27 de janeiro de 1983, ele foi designado para trabalhar no extinto Colégio Nossa Senhora Aparecida. Talvez por trabalhar junto aos jovens ele constatou os prejuízos que a droga estava trazendo para a juventude, quando deu início a um trabalho de aconselhamento aos dependentes químicos.
     O coração do padre queria mais, então ele fundou a Fazendinha "Senhor Jesus de Lavras", próximo a Ponte do Funil em fevereiro de 1984, em 1989, com o apoio da comunidade, foi adquirida uma propriedade próxima ao bairro Niterói, onde está até hoje.
Padre Israel conquistou o coração dos lavrenses e das pessoas de todo o Brasil, que buscava na sua casa de recuperação, o apoio que necessitava. A sua morte, ocorrida na noite de segunda-feira, dia 11, trouxe muita tristeza para todos.
     O Jornal de Lavras, como faz para noticiar as mortes de pessoas conhecidas da cidade, publicou na seção "Rosa Luto" a notícia da morte do padre e o número de acessos e de manifestação foram surpreendentes.
     Diversas pessoas manifestaram seu pesar pelo falecimento do Padre Israel através do Facebook e de e-mails do Jornal de Lavras. Um chamou a atenção, não apenas pelo texto, mas pela emoção que a pessoa deixou transparecer, ele é Marcus Vinícius Giarola, que escreveu: "Fui batizado por ele, eu o amei em vida, ele foi o melhor padre que Deus nos deu. Em meu nome, em nome de todos da cidade e da Associação Conquista de Pessoas com Deficiência, eu agradeço a Deus pela oportunidade que nos deu de conviver com uma pessoa tão maravilhosa. Eu não pude mais vê-lo em vida, mas agradeço por tudo".
     O corpo do padre Israel Batista de Carvalho está velado na Matriz de Sant'Anna e seu sepultamento será na quarta-feira, em Lavras.

sábado, 9 de abril de 2011

Padre Dehon e a Congregação do Sagrado Coração de Jesus

Matéria publicada na edição de abril/2011

“Levar Cristo ao coração do mundo; trazer o mundo ao coração de Cristo.” (Pe. Dehon)

            Neste mês veremos um pouco sobre a vida, vocação e obras do Pe. Dehon. Em nossa cidade existem hoje duas paróquias dirigidas por padres do Coração de Jesus, ou como são conhecidos: os Dehonianos, Matriz Divino Espírito Santo e Matriz de Nossa Senhora do Rosário.
            Sociólogo, escritor, advogado e padre. Fundador da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, soube ouvir os gritos dos excluídos numa França cheia de desafios. Aprendeu a amar a Igreja. Fundou jornal e revista, publicou diversos livros, escreveu inúmeros artigos e cartas.
            João Leão Dehon nasceu no dia 14 de março de 1843, em La Capelle, ao norte da França. No natal de 1856 sentiu um forte chamado à vida sacerdotal. Porém, seu pai sonhava com um “futuro brilhante” para o filho e não permitiu que fosse para o seminário. Em 1859, Leão Dehon terminou seus estudos secundários e passou, com sucesso, nos exames de bacharel em Letras.  
            Obediente à postura de seu pai, Leão vai estudar em Paris. Em agosto de 1862, obtém a licença em direito e, em 1864, defende a tese de doutorado em Direito. Ao mesmo tempo em que estuda com afinco, Leão cultiva intimamente sua vocação, participando diariamente da missa.
            Foi ordenado sacerdote no dia 19 de dezembro de 1868, na Basílica São João de Latrão, na presença de seus pais que aceitavam agora a vocação do filho. Sua primeira transferência foi para uma pequena e problemática paróquia, na cidade de São Quintino, França. Assumiu sua missão com ardor fundando um patronato (1872) e a Obra dos Círculos Católicos (1873). Fundou ainda um jornal, um círculo de encontros com patrões católicos e o Colégio São João.
            Apesar de sua intensa vida acadêmica e pastoral, Pe. Dehon sentia que faltava algo em seu coração. Fundou, então, a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, no dia 28 de junho de 1878.  Dedicou-se, com sua congregação, ao debate da questão social. Foi um grande divulgador da Encíclica Rerum Novarum. Escreveu diversas obras sociais.
            Sua congregação tem como carismas principais o amor e a reparação: Amor este que emana do Coração de Jesus, passa pelo coração do homem e se transforma em oblação no serviço aos irmãos, sobretudo os mais necessitados. E a reparação, da humanidade que vê um Deus tão apaixonado, e dá a Ele uma resposta de amor através da adoração, da Santa Missa e da ajuda ao próximo. Um pequeno trecho de um discurso do Pe. Dehon traduz bem isso: “É urgente restabelecer o Reino de Jesus Cristo. É necessário que ele reine na sociedade, na família, na legislação, na cultura, nos costumes. É condição de prosperidade e da paz; é a manifestação da verdade e dos direitos de Deus. É preciso que o culto ao Coração de Jesus, iniciado na vida mística das almas, possa penetrar na vida social dos povos. Ele trará o verdadeiro remédio aos grandes males do nosso mundo moral: a apostasia da fé, o laxismo, o ódio e a indiferença, o descompromisso e o desespero, a injustiça... Somente o Coração de Jesus pode dar novamente a humanidade o amor que ela perdeu.”
            Pe. Dehon faleceu no dia 12 de agosto de 1925, aos 82 anos de idade. Suas últimas palavras foram: “Por Ele vivi, por Ele morro”.
            Peçamos a intercessão de Pe. Dehon para que não nos fechemos aos problemas sociais do mundo e que possamos viver a nossa fé em todos os ambientes, sendo capazes de levar o Coração de Jesus a todas a pessoas, sobretudo, aquelas que não são amadas e as que são marginalizadas.
Venerável Padre Dehon, rogai por nós! 

sábado, 2 de abril de 2011

Espaço Celebrativo e Novas Mudanças II

Matéria publicada na edição de abril/2011

Com as novas orientações da constituição litúrgica Sacrosanctum Concilium, os espaços celebrativos tomaram novos contornos. Significativo neste ínterim é o presbitério; este deve ser simples e despojado, porém nobre. De onde se depreende o essencial: O mistério de Cristo.
O altar é o centro do presbitério, bem como de toda a igreja.  Por esta razão, foram retiradas as imagens e o sacrário, que ocupavam uma parte central no presbitério. A Eucaristia, quando adorada, tem o seu teor de prolongamento da Ceia Pascal de Cristo, o que, neste caso, pode ser devoção. Bem outra realidade é a Eucaristia celebrada como testamento de amor e entrega de Cristo para a salvação da humanidade. O caráter não é devocional, mas relacional, de encontro pessoal e comunitário com Cristo.
Podemos afirmar que o altar é sinal de Cristo, ou melhor dizendo, Cristo é o altar verdadeiro. Altar este que nos primeiros séculos era erigido de tal forma que se podia circundar facilmente em torno dele. Da Idade Média para cá, quando se esqueceu o sentido comunitário da celebração eucarística, o altar foi sendo jogado para a abside do fundo, ou na parede. Hoje, se pede que ele esteja afastado da parede a fim de ser facilmente circundado e nele se possa celebrar de frente para o povo. O altar deve ocupar um lugar que seja de fato o centro para onde espontaneamente se volte a atenção de toda a assembleia dos fieis.
Recomenda-se que em toda igreja haja um altar fixo, o que significa de modo mais claro e permanente o Cristo, Pedra viva, tal a dignidade dos altares, dedicados ou abençoados segundo o Ritual de dedicação de igrejas e altares, em cujos textos se expressam o simbolismo e a finalidade do altar. O altar é dedicado só a Deus, e não aos santos, pois só a Deus é oferecido o Sacrifício Eucarístico.
Assim sendo, dada a importância do altar cristão como memória do verdadeiro altar que é Cristo e, em Cristo, de todo cristão e cristã, como altar espiritual, e sendo ele a mesa da sacrifício e do banquete pascal, sinal de Cristo e honra dos mártires, resta-nos um desafio: Como tratar e como cuidar dele, de tal modo que possa evocar, de verdade, o mistério de Cristo e da Igreja? O que fazer com o altar, de tal maneira que sua presença no espaço litúrgico realmente nos fale deste mistério?

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A VIDA DOS SANTOS - ABRIL

Permitam-nos, este mês, não esquecendo da importância de nossos santos e santas, abordar a figura de Maria, Mãe das dores. É um título que nós dificilmente daríamos às nossas mães, embora muitas delas tenham sofrido, ou ainda sofram, muito. Mas, em Maria, o sofrimento foi, de fato, um componente de sua vida, da “com-paixão” com seu Filho, o Homem das dores (Isaías 53). 

O sofrimento de Maria, com e por Jesus, começou muito cedo, na Encarnação, mas, especialmente, quando ela O deu à luz. Não encontraram hospedaria, nem acolhida. E São José teve que procurar, nas cercanias de Belém, alguma gruta para abrigo. Coube ao Filho de Deus feito homem nascer num lugar onde os animais eram recolhidos durante a noite. É claro que o coração da Mãe deve ter sofrido muito com isso. Por outro lado, os preparos que ela fizera para esse nascimento proporcionaram a Jesus um berço, ao menos agradável, aquecido pelo seu amor de Mãe, e também pelo amor solícito de São José. Algum tempo depois, quando Jesus tinha cerca de 2 anos de idade, Herodes empreende uma perseguição contra Ele. Maria e José fogem para o distante e desconhecido Egito, terra da qual nem sequer conheciam a língua. Uma viagem longa, difícil, sofrida. Maria a empreende por amor e pela segurança de seu Filho pequenino.
            Aos 12 anos um acontecimento extraordinário, Jesus sobe a Jerusalém para a festa da Páscoa, na companhia dos pais. Ao invés de voltar com eles, fica no templo. O sofrimento de Maria, diante da perspectiva de tê-lO perdido, lembra-nos a profecia de Simeão: "Uma espada de dor vai atravessar o teu coração, por causa desse Filho" (cf. Lc 2,34-35). Essa espada apenas começava sua trajetória, até o mais íntimo do coração da Mãe. A vida oculta de Jesus em Nazaré foi também, de certa maneira, um sofrimento para Maria. Se Ele era o Messias, como entender esse silêncio de quase 30 anos? Certo dia, contudo, Jesus lhe anuncia sua partida, para realizar a missão pela qual viera ao mundo: pregar o Evangelho. Ela deve ter aderido a essa missão imediatamente. E acompanhou seu Filho, desde a primeira pregação, que talvez tenha sido o Sermão da Montanha, até à última palavra no alto da Cruz: "Tudo está consumado" (Jo 19,30).
            Com o tempo e acontecimentos, começaram a conspirar para matá-lO. Maria vivia na ansiosa expectativa de quando e como isso ocorreria, até que Jesus se dirigiu ao Horto das Oliveiras. Ela deve ter acompanhado, de longe, seu Filho que sofria, antevendo a própria Paixão e Morte, em terrível agonia. Foi grande o sofrimento de Maria, vendo o precioso sangue de Jesus verter sobre a terra, a escorrer pelos lajedos daqueles lugares tétricos, onde eram supliciados os réus, ou os inocentes, injustiçados como Ele. Maria recolhe esse sangue, herdado dela, mas, também, unido à Pessoa do Verbo, portanto sangue divino e redentor. Dor ainda pior foi a da coroação de espinhos. Nunca antes a história havia registrado flagelo semelhante. O único caso foi o de Jesus. Perfuraram sua fronte com espinhos penetrantes, que fizeram o sangue escorrer pelos olhos, pela boca, pelos ouvidos, lavando aqueles sentidos pelos quais nós mais pecamos, e a própria cabeça, da qual se origina tudo o que é bom ou mau, no homem.
            Maria assiste, na manhã seguinte, à triste cena da condenação oficial de Jesus por Pilatos, que lava as mãos em sinal de covarde omissão. Herodes, pouco antes, já O havia declarado louco. Sim, Jesus era "louco", mas de amor e de misericórdia, para com um povo que não merecia esse sacrifício infinito de Salvação, que Ele lhes oferecia.
            Logo depois, começa a triste marcha para o Monte Calvário. Nas curvas desse caminho, Nossa Senhora deve ter encontrado seu Filho. Por breves trocas de olhares, ela O conforta, assegurando-lhe que está com Ele. Embora sem levar a cruz ao ombro, como o Cireneu, ela carrega com Ele todo o seu sofrimento, até à consumação pela morte.
            Durante a crucifixão, cada martelada, pregando com cravos as mãos e os pés de Jesus, era um golpe no coração da própria Mãe. A agonia durou em torno de três horas. Jesus, levantado na cruz, pendente entre o céu e a terra, seus braços abertos como um arco-íris de paz sobre o mundo, exclamou: "Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23,34). Nessa cena, o Evangelho de São João descreve Maria de pé, junto à Cruz, jamais se deixando abater, nem pelos mais extraordinários sofrimentos. Jesus, já quase sufocado pelo sofrimento e pela dificuldade de respirar, ainda lhe confiou João como filho e, na pessoa do evangelista, essa filiação foi estendida a todos nós (cf. Jo 19,25-27).
Chega o momento da morte: "'Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito'. Dizendo isso, expirou" (Lc 23,46). Jesus está morto. Morto não como Deus, morto em sua natureza humana, morto enquanto homem. E Maria chora a morte do seu Filho. Chora muito. Suas lágrimas certamente nos lavaram, como o sangue de Jesus, que se mistura às lágrimas da Mãe, como um grande banho, um lavacro da maldade humana, que nos deu o prêmio da Vida nova. Jesus é entregue a Maria, que recebe em seu colo o Filho morto: inocente e condenado, estraçalhado, feito pedaços e, ainda mais, o coração atravessado pela lança, de onde escorria, ainda, um pouco de sangue e água. Ele já não sofre; a Mãe, porém... Levam Jesus para o sepulcro, sela-se a pedra, e Maria vai para a sua casa, chorando, silenciosa. Mas esta grande mulher de fé, "meditando sobre os acontecimentos que conservara em seu coração" (cf. Lc 2,19), compreende que breve virá o grande anúncio da Ressurreição. Durante o silêncio do Sábado Santo, ela foi a única que acreditou e esperou.

            "Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!" (Lc 1,45).

No mês de abril fazemos memória, também, além de outros a: São Francisco de Paula, Santa Maria do Egito, São Xisto I, São Caetano Catanoso, São Vicente Ferrer, Santa Maria Crescencia Hoss, Santa Irene, São Marcelino de Cartago, São Germano José, Santa Maria de Cléofas, São Terêncio, Santo Estanislau, São Hermenegildo, São Crescêncio, São Benedito José Labre, Santa Bernadete, Santo Apolônio, B. Maria da Encarnação, São Leão IX Papa, São Teoldoro, Santo Anselmo, Santo Apolônio, São Jorge, Mártir, São Marcos Evangelista, Nossa Senhora do Bom Conselho, Santo Anacleto, Santa Zita,  São Pedro de Verona, São Pio V, Santa Catarina de Sena, São Francisco de Paula, São Xisto I - Papa, Santa Irene, Santa Bernadete, Santo Expedito, São Jorge, São Marcos Evangelista.